O Grito, quadro do famoso pintor Edvard Munch, deu sinais de que está sendo afetado pelo tempo. As cores estão sofrendo uma espécie de oxidação e partes que eram amarelas agora estão próximas ao marfim. Para tentar descobrir as causas das alterações, partículas de tinta foram removidas da tela e passam por análises em raio-X, raio laser e até mesmo um microscópio eletrônico.

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Imagem divulgada pelo Museu Munch mostra o antes e depois da pintura

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Não é de hoje que os cientistas do Museu Munch, localizado em Oslo na Noruega, estão notando mudanças nas cores. Desde 2012, diversos profissionais trabalham para tentar descobrir o que está causando o desbotamento. É possível que a tinta amarela (composta por sulfeto de cádmio) esteja oxidando e convertendo-se em dois compostos químicos brancos: sulfato de cádmio e carbonato de cádmio.

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A pesquisa tem como objetivo evitar as mudanças, mas os restauradores não pretendem reverter o problema. A ideia é que o Museu utilize uma reconstrução digital para mostrar aos visitantes como a tela era originalmente. Bastará apontar o celular para a pintura e as cores voltarão a ser como antes.

Por Gabrielle Torquato

Fotos: Reprodução do Instagram