Moda Esportiva: Made in Italy
O fit perfeito das peças ao físico dos atletas parece ser o ideal perseguido por todas e cada uma das marcas italianas na moda esportiva. Para isso, a excelência na modelagem é notável. Seja no
O fit perfeito das peças ao físico dos atletas parece ser o ideal perseguido por todas e cada uma das marcas italianas na moda esportiva. Para isso, a excelência na modelagem é notável. Seja no segmento do ciclismo — prática tão difundida no hemisfério norte e que ganha cada vez mais adeptos por aqui —, seja na prática de trekking, montanhismo ou mesmo para alcançar o bom desempenho no futebol, as marcas italianas investem em soluções que deem conforto e influam na performance do atleta.
O perfeito ajuste da peça ao corpo está associado à costura e aos acabamentos das roupas, assim como à tecnologia empregada no desenvolvimento das fibras têxteis e às malhas usadas na confecção. Os tecidos são visivelmente tecnológicos, seja pela construção das malhas, seja pela escolha dos fios — tudo contribui, enfim, para que a roupa (bermuda, top, t-shirt, regata ou jaqueta) ofereça conforto e melhor desempenho de quem a usa.
A qualidade estética conta muitos pontos na apresentação do atleta. E, nesse quesito, as empresas italianas dão outro show de design. Tendo como base o preto, o cinza e o prata, as marcas entraram em cena no desfile do Sportsystem Made in Italy 2016, mostrando que as cores vibrantes fazem um interessante contraponto para reforçar a energia necessária nas performances esportivas. Verde-limão e amarelo vivo dão o tom aos vieses que reforçam costuras. O jacquard de cores discretas é usado como recurso para imprimir o nome ou o logotipo da marca sobre a peça, num jogo elegante de tom sobre tom.
A moda esportiva italiana é elegante até mesmo no uso de estampas: padrões geométricos e gráficos marcam presença, mas de forma discreta, na mesma cor do tecido ou de tom metalizado. Os tons de bege e nude também têm espaço no esportivo, quando a proposta é unir esporte e lazer de forma casual, com a presença de grafismos sobre a malha despojada (mas tecnológica) de algodão.
O color blocking continua valendo para as produções compostas para o momento “academia”. Pink, verde-limão e azul estão em looks femininos mais descontraídos. A novidade é que as marcas italianas apostam em peças reluzentes — em dourado, prata ou ouro-velho — para quem deseja entrar em cena com tons metalizados.
ARENA: Reconhecida como uma das marcas premium de roupas e equipamentos de natação de alta qualidade, a Arena, desde 1973, tem criado e comercializado roupas de natação para nadadores competitivos e fãs da natação. Presente em 106 países, os laços da empresa com o mundo do esporte, e o da natação, em particular, são reforçados por meio de atividades de patrocínio em diferentes níveis, incluindo conselhos de administração, federações nacionais, atletas e clubes.
BOXEUR DES RUES: Fundada em 2003, com sede em Milão, Itália, a Boxeur des Rues é uma empresa de vestuário franco-italiana ativa em design, fabricação, licenciamento e comercialização de vestuário de moda e esportes, artigos esportivos, calçados e acessórios. Embora 80% da receita da empresa venha da Itália, a marca se expandiu para a Rússia, a Espanha, a França, a Suíça e a Holanda.
CASTELLI: As confecções Castelli sempre representaram o melhor na qualidade e na inovação italiana para ciclistas que buscam o máximo em performance. Com raízes que datam de 1876, a empresa tem longa história desde os primórdios da indústria ciclista. Os primeiros shorts de lycra para corrida, os primeiros shorts coloridos, as primeiras camisetas com estampa impressa por sublimação, as primeiras membranas à prova de vento, o primeiro assento anatômico, a camiseta mais leve e a camiseta mais aerodinâmica foram produzidos pela Castelli.
CMP: Estilo e funcionalidade italianos com a força de uma tradição em manufatura verdadeiramente grande aliado às melhores tecnologias para criar roupas para diferentes atividades, ideais para todos os momentos do dia: essa é a missão da CMP. Em sua extensa coleção, não será difícil encontrar roupas de alta performance ideais para qualquer condição de clima.
DAINESE: As melhores histórias são aquelas escritas com paixão, e esse é o caso da Dainese. Fundada há mais de 40 anos, a empresa evoluiu graças às ideias originais de um homem que transformou sua paixão na missão de sua vida.
Eram os anos 1970, anos de liberdade, criatividade e desenvolvimento, quando Lino Dainese, um jovem motociclista e empreendedor, começou a criar e a produzir equipamento de proteção para motociclismo. Sua inspiração veio de elementos naturais, tais como, a lagosta e as escamas do pangolin (um mamífero da Ásia e da África que parece um tamanduá com escamas), bem como alguns elementos artificiais concebidos por humanos, como as armaduras antigas da Renascença italiana: design e estrutura se tornaram o emblema da marca reconhecida internacionalmente. Desde o início, Lino Dainese compreendeu que pilotos profissionais eram os mais eficientes para testar a evolução técnica de segurança e proteção. Portanto, Dainese começou a trabalhar em cooperação com grandes atletas de vários segmentos esportivos.
FERRINO: A gama de produtos Ferrino vai de conteúdo e valor altamente técnico — tais como sua linha High Lab, de produtos que foram submetidos a testes rigorosos nos laboratórios de altas altitudes da Ferrino por mais de 16 anos — a itens mais simples que atendem às necessidades de campistas tradicionais, excursionistas e viajantes. Hoje, Ferrino SpA pode ser encontrado nas melhores lojas de produtos esportivos, de outdoor e montanhismo.
LA SPORTIVA: Em 1928, Narciso Delladio produziu, artesanalmente, botas de madeira e couro para lenhadores e fazendeiros dos vales Fassa e Fiemme (montanhas Dolomitas, Itália): nascia, assim, a marca La Sportiva. Depois da guerra a demanda por botas aumentou, levando Narciso a contratar novos trabalhadores: o bom nome da “Calzoleria Sportiva” atravessou as fronteiras dos vales e com a segunda geração, representada por Francesco Delladio, come- çou a ser uma marca mundialmente conhecida. Agora a empresa produz, no Vale Fiemme, botas e sapatos para todo tipo de atividades ao ar livre, de escalada e montanhismo, categorias nas quais La Sportiva detém a liderança de mercado, a corridas de montanha, caminhada e o mercado de esqui-montanhismo.
PINARELLO: O amor pelas duas rodas e um dom inato como um lutador indômito levou Giovanni Pinarello a seguir uma carreira no ciclismo. Aos 20 anos ganhou “la Popolaríssima”, em Treviso, uma corrida importante no circuito Dilettanti (um nível de corrida que abre as portas para a profissionalização). A partir de 1946 Giovanni deixa sua marca no mundo do ciclismo, mas foi em 1951 que ele teve seu encontro pessoal com o destino: correndo no 34º Giro d’Italia, vencido por Rosa Fiorenzo Magni. Louis Bobet venceu a classificação de montanha. No último lugar vem Giovanni, mas, naquele, tempo o último lugar não era uma desgra- ça, pelo contrário, o último corredor usava a Maglia Nera (Camiseta Negra). Chegar em último significava também um momento de celebração, incluindo uma volta de honra com os vencedores no velódromo Vigorelli. Giovanni fez exatamente isso no dia 10 de junho de 1951, carregando seu triunfo entre Magni e Bobet.
rh+: Marca da indústria Zero s.r.l., que desenvolve e vende produtos divididos em quatro unidades de negócios (ciclismo, neve, óculos e urbano), a rh+ tem construído um nome para si mesma no setor de roupas esportivas e acessórios para ciclismo por constantemente almejar a inovação e por focar em materiais de alta performance — desenvolvidos com o auxílio de equipes profissionais. O resultado são o design e o estilo inconfundíveis de suas coleções de ciclismo.
SERGIO TACCHINI: A marca de roupa esportiva italiana criada em 1966 leva o nome de seu fundador, o jogador italiano de tênis Sergio Tacchini. O tênis é, desde o princípio, o DNA dessa marca, apreciada por atletas e consumidores que amam a qualidade, estilo e inovação das roupas de tênis de Tacchini. Nestes 50 anos de história grandes campeões do tênis — e outros atletas famosos do esqui, da F-1 e do golfe — têm divulgado a marca do renomado Sergio Tacchini.
SIDI: Em1960, essa empresa iniciou seus trabalhos como oficina artesanal que fabricava calçados para esportes de montanha. Nos anos 1970, se especializou em botas para motociclismo e sapatos para ciclismo concebidos, desenhados e produzidos por Dino Signori, que revolucionou os sistemas de fixação com o modelo Titanium. De fato, pela primeira vez, a placa de fixa- ção do sapato foi presa ao pedal com parafusos ajustáveis em vez de pregos fixos. Tecnologia, conforto e design moderno e agressivo têm sido as prioridades da marca, que, com a ajuda dos melhores campeões, apresenta inovações tecnológicas que têm mudado a maneira de praticar o esporte sobre duas rodas.
SIXS: A história dessa marca começou em 2009 na Itália, em Bagnara di Romagna (província de Ravenna), para ser mais preciso. Um amor esmagador por esportes e um conhecimento profundo das tecnologias têxteis foram combinados para formar a empresa. O resultado é um tecido patenteado, extremamente inovador, vendido para o mercado mundial de roupas para esportes, mas que é feito somente na Itália.
Estilo por Fran Oliveira | Matéria publicada na edição 92 da Revista Versatille