Guerlain divulga lançamento de produtos à base de ingredientes naturais e promove debate sobre sustentabilidade
Em coletiva virtual, marca pioneira em projetos sustentáveis traz profissionais e especialistas para discutirem sobre o tema
Nesta quarta-feira (27), a Guerlain realizou uma coletiva de imprensa virtual para divulgar três produtos que serão lançados em abril e promover o debate sobre sustentabilidade e beleza natural na indústria dos cosméticos. O evento teve mediação da jornalista e ativista francesa Cyrielle Hariel que entrevistou profissionais da marca e especialistas do ramo.
O primeiro lançamento comentado trata-se de uma releitura do primeiro pó bronzeador Terracotta lançado em 1984, só que desta vez com 96% de ingredientes de origem natural. O segundo é a base New L’Essentiel High Perfection que também apresenta 96% de naturalidade e promete duração de 24 horas. Por fim, a marca lançará o batom Kiss Kiss Shine Bloom, derivado da linha icônica e feito de 95% de ingredientes naturais.
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As inovações da Guerlain foram discutidas entre Cécile Lochad, diretora de sustentabilidade da Guerlain, Candice Colin, CEO e cofundadora do app Clean Beauty e da plataforma de análise de cosméticos Beautylitic, e Brigitte Noé, diretora de pesquisa da LVMH para o do departamento de desenvolvimento e pesquisadora-chefe da Guerlain no campo de inovações em ingredientes naturais.
Primeiro, foram destacados os motivos pelos quais a marca é pioneira em sustentabilidade na indústria de cosméticos de luxo, completando em 2021, 14 anos de comprometimento com a causa. “Uma das razões que podemos citar é a nossa prioridade em impulsionar a inovação sustentável com plena transparência e rastreabilidade focando profundamente em formulação ecológica, beleza limpa, naturalidade e economia circular”, diz Cécile.
Depois, foi levantado o questionamento sobre a diferença entre os significados de “beleza natural” e “beleza limpa”, termos muito citados nesse contexto de preocupação com o meio ambiente no ramo de cosméticos. “Na mente dos consumidores parece a mesma coisa porque natural significa saudável, o que não é verdade”. Segundo Candice, “beleza natural” remete a um produto feito com ingredientes naturais, mas que pode ter outros controversos. Já “beleza limpa” exclui qualquer tipo de componente contestável, independentemente da origem.
Em seguida, Cyrelle indaga se a beleza natural é o futuro dos cosméticos. “Eu amaria dizer que sim, mas a realidade é que essa indústria originalmente é petroquímica e como qualquer outra dessa categoria, precisa se reinventar”, diz Candice. Ela explica ainda que a beleza natural é apenas o primeiro passo rumo à beleza sustentável porque existem grandes desafios em termos de recursos e biodiversidade. “Podemos dizer que o passo final será a indústria baseada em química verde”.
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Por fim, a mediadora questiona como as recentes inovações da Guerlain atendem às expectativas dos consumidores. Cécile revela que eles estão cada vez mais interessados em ter conhecimento sobre a composição dos produtos em geral e particularmente dos cosméticos. “A crise de saúde reforçou drasticamente a demanda por produtos significativos que respeitem nosso bem-estar e o do planeta. Apesar das complexidades, a Guerlain está fazendo reinvenções como a do Terracotta para que corresponda perfeitamente aos desejos dos clientes de hoje e antecipe às demandas de amanhã”, diz.
Uma importante iniciativa da marca que demonstra seu compromisso com a sustentabilidade e transparência é a plataforma de rastreabilidade digital, chamada Bee Respect, lançada há dois anos e em breve disponível no mundo todo. O portal ajuda os consumidores a entender melhor os 500 ingredientes utilizados pela marca e a se informarem sobre todo o ciclo de vida dos produtos que usam, ou pretendem usar. “Os clientes não querem palavras, e sim provas”, conclui Cécile.
Por Laís Campos