Especial Mercado Imobiliário: Bem perto do céu

Cada dia mais avançadas, as tecnologias de construção transformam os skylines de diferentes cidades do mundo com arranha-céus incríveis. Conheça sete imponentes projetos — três deles na China 432 PARK AVENUEPassear por Nova York é

Cada dia mais avançadas, as tecnologias de construção transformam os skylines de diferentes cidades do mundo com arranha-céus incríveis. Conheça sete imponentes projetos — três deles na China

 

432 PARK AVENUE

Passear por Nova York é descobrir uma série de arranha-céus que desenham o skyline da cidade. O mais novo dessa turma é o 432 Park Avenue, entre as East 56th e 57th Streets, no centro de Manhattan, com vista para o Central Park. Considerado o maior edifício residencial do hemisfério ocidental, tem 425,5 metros, com 104 unidades em 96 andares, e foi concluído em dezembro de 2015.

 

Para ser construído foi necessário demolir no terreno, o Drake Hotel, de 1926, com 495 quartos. A propriedade foi comprada por 440 milhões de dólares pelo desenvolvedor Harry Macklowe e pelo CIM Group, em 2006, e derrubada no ano seguinte. O endereço tornou-se um dos mais caros da cidade. Uma penthouse, ali, vale 95 milhões de dólares.

 

Autor de projetos como o The Cleveland Museum of Art, em Ohio, também nos Estados Unidos, o arquiteto uruguaio Rafael Viñoly assina o esbelto prédio, que só perde em altura para o novo One World Trade Center e para o Empire State. O quadrado é a base da arquitetura. Essa forma geométrica está, por exemplo, desde a planta dos apartamentos até as janelas de 3 x 3 metros. O design dos interiores ficou a cargo de Deborah Berke Partners. Com pé-direito duplo, três andares completos na torre são dedicados a restaurantes, ao entretenimento e ao bem-estar.

 

GUANGZHOU CTF FINANCE CENTRE

Para se ter ideia de como a expansão vertical na China é avassaladora, 66% dos edifícios de mais de 200 metros concluídos no mundo, em 2015, encontravam-se no país. E essa tendência continua. Basta ver, como exemplo, o Guangzhou CTF Finance Centre, finalizado em dezembro do ano passado, na Cidade Nova de Zhujiang, distrito de Guangzhou, na província de Guangdong. O edifício, que levou seis anos para ficar pronto, é a segunda de duas torres construídas em um terreno de 27 mil m² com vista para o Rio das Pérolas. O espigão de 530 metros de altura corresponde ao mais alto da região de Guangzhou, o segundo maior da China e o quinto do mundo.

 

Desenvolvida pela New World Development Company para a Chow Tai Fook Enterprises, a torre de 111 andares é de uso misto. Ali encontram-se escritórios, centro de conferências, hotel e um centro comercial no subsolo. A arquitetura tem autoria do escritório Kohn Pedersen Fox Associates.

 

Um detalhe interessante é que a construção contempla a aplicação mais alta de terracota no mundo, com o emprego desse material em toda a altura. O que proporciona benefícios ambientais na forma de redução da energia incorporada, além da resistência à corrosão e da proteção solar. Dos 95 elevadores, há dois que estão entre os mais rápidos do mundo. E são capazes de transportar passageiros do primeiro ao 95o andar em apenas 43 segundos.

 

ETON PLACE DALIAN TOWER 1

Outro exemplo de arranha-céu em solo chinês é o Eton Place Dalian Tower 1, localizado na cidade de Dalian, ao sul da província Liaoning, que tem vivenciado um grande e rápido desenvolvimento. Ela já tem 11 aranha-céus com mais de 200 metros de altura. O mais alto, concluído no ano passado, é o Eton Place Dalian Tower 1. De propriedade das empresas Eton Properties Limited e Pavillion, o edifício funciona como elemento unificador do complexo Eton Place — projetado para ser o principal ponto do distrito de negócios. Concebido pelo escritório de arquitetura norte-americano NBBJ, o arranha-céu de 381 metros, com 80 andares acima do solo e quatro abaixo, é o maior de cinco torres que compõem o complexo. Abriga escritórios, dois hotéis — um de suítes cinco estrelas, com aproximadamente 200 quartos, e o Eton Hotel, com cerca de 600 quartos —, além de uma plataforma de observação elevada. Dessa, é possível observar o horizonte da cidade, o porto e uma cordilheira.

 

As áreas públicas, como espaços verdes, áreas de reunião e plataforma de observação, são espalhadas por todo o projeto em vários níveis. Há ainda dois centros de fitness, com piscinas, restaurantes e lojas.

 

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SHENZHEN CFC CHANGFU CENTRE

Só mesmo uma cidade chinesa para inaugurar mais arranha-céus do que Estados Unidos e Austrália juntos. O horizonte da cidade de Shenzhen, uma das maiores e mais importantes localidades do país, ganhou, em 2016, 11 altíssimos superedifícios, com mais de 200 metros de altura, enquanto aqueles países concluíram, respectivamente, sete e dois arranha-céus. Somando a altura de todos os 11 espigões de Shenzhen, na província de Guangdong, chega-se a 2.607 metros de vidro e aço, o que equivale a mais de três vezes a altura do Burj Khalifa, com 828 metros, em Dubai, nos Emirados Árabes, edifício mais alto do mundo. O mais importante da lista é o Shenzhen CFC Changfu Centre, com 304 metros de altura e 68 andares.

Localizado dentro do Shenzhen Bonded Zone, na parte sul, o edifício, quarto mais alto da cidade, fica a quarteirões da fronteira com Hong Kong. Essa torre de escritórios integra um complexo de dois edifícios, que inclui um mais baixo, de apartamentos, com 75 metros de altura e forma de disco. Ambos os edifícios juntam-se em um grande espaço aberto. A construção de ambos os projetos começou em conjunto, com um subsolo de quatro andares abrangendo todo o bloco. Colunas e vigas de aço foram empregadas na estrutura da torre mais alta, que foi então revestida com um sistema de vidros. Quem assina essa novidade na paisagem da cidade é o escritório Shenzhen Aube Architectural Engineering Design.

 

MAHANAKHON

Bangcok, capital da Tailândia, é repleta de arquitetura moderna e de vanguarda. Mas o visual pixelado do edifício MahaNakhon, atualmente o mais alto do país, distingue-se bastante na paisagem local, tornando – -se inusitado. No centro da cidade, o projeto do alemão Ole Scheeren, concluído no ano passado, resultou em um programa de três edifícios: a torre principal, com 314 metros de altura e 75 andares, além de um subsolo, um edifício para varejo menor, na parte frontal, e uma torre de estacionamento automatizado, posicionada atrás.

 

O arquiteto começou o projeto enquanto trabalhava no Office for Metropolitan Archi – tecture (OMA) e o concluiu em seu próprio escritório, o Büro Ole Scheeren. Escultórica, a forma da grande torre tem uma faixa tridimensional de pixels arquitetônicos, que cortam a fachada para revelar o núcleo interno, criando um tipo único de residências, terraços e skyboxes de onde se podem conferir lindas vistas da cidade.

 

A torre inclui um centro de transporte e um grande espaço público com jardins. É a MahaNakhon Square, à frente da torre, concebida como uma praça destinada ao relax dos habitantes e a eventos culturais. No MahaNakhon, palavra que significa “grande metrópole” na língua tailandesa, as unidades residenciais dividem espaço com o The Bangkok Edition Hotel, localizado na parte inferior da torre principal. No topo, um observatório e um bar são destino certo de turistas.

 

STALNAYA VERSHINA

De propriedade da ZAO Techinvest e desenolvido pelo MOS City Group, o Stalnaya Vershina, inicialmente conhecido como Eurasia, foi projetado pelo escritório Swanke Hayden Connell Architects, sediado em Nova York, Estados Unidos. Concluído em 2015, o arranha-céu fica no Centro Internacional de Negócios de Moscou, localizado perto da Terceira Rodovia, e colabora para criar um novo horizonte no lado leste da cidade.

 

É o quarto edifício mais alto de Moscou e do país, com 309 metros de altura e 72 andares acima do solo, além de 5 abaixo dele – o que leva a crer que permanecerá como um elemento bem visível no skyline local.

 

Com design exterior combinando os estilos clássico e moderno, a construção guarda uma curiosidade: teria sido a primeira na Rússia a utilizar um núcleo de concreto armado com estrutura perimetral de aço. O projeto estrutural permite espaços livres de coluna, ideais para escritórios, que compõem parte significativa do edifício. A torre tem 50 andares destinados a esses e 20 andares de apartamentos de luxo com piscina e ginásio. Na base, há um hotel com 149 quartos, além de butiques, restaurantes, bares, estacionamento e um cassino com 3 mil m². O edifício dispõe ainda de ligações subterrâneas para os edifícios vizinhos e para a rede de metrô.

 

ONE THOUSAND MUSEUM

Morta em março do ano passado, aos 65 anos, a arquiteta iraquiana-britânica Zaha Hadid deixou projetos inconclusos, agora tocados pela equipe do escritório que leva seu nome, o Zaha Hadid Architects. O One Thousand Museum, em Miami, Estados Unidos, é um deles, com previsão de término em 2018. Trata-se de uma luxuosa torre residencial de 210 metros de altura, com 62 andares e 83 apartamentos, além de um centro aquático e um heliponto privado. Os preços começam em 6 milhões de dólares, para uma unidade de 427 m².

 

Como diz o site do empreendimento, essa grande escultura contemporânea apresenta sensuais curvas de um exoesqueleto branco, em contraste com a fachada cristalina, definindo as formas únicas de seus terraços privados. Tais estruturas também guardam fins estruturais, permitindo que o espaço interior tenha menos colunas.

 

No número 1.000 do Biscayne Boulevard, localizado em frente ao Pérez Art Museum, projetado por Herzog & de Meuron, o skyscraper de Zaha Hadid terá, pela primeira vez, concreto armado com fibra de vidro empregado não apenas como material de fachada mas, também, para fornecer suporte estrutural. Detalhe: por causa da características do projeto e da carga do vento, foi necessária fazer uma fundação profunda, de 52 metros, no edifício.

 

Especial Mercado Imobiliário por Bob Jr. | Matéria publicada na Revista Versatille

 

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