Doces que enchem os olhos (e o estômago): conheça 3 confeitarias paulistanas que merecem a sua visita

É preciso muito talento para fazer sobremesas que unem beleza e sabor - e é por isso que esses estabelecimentos se destacam

Vivianne Wakuda (Foto: Divulgação)

Algumas comidas a gente come com os olhos – mas que incrível é a experiência quando o encanto segue para o paladar. Nesses momentos, os olhos até se fecham, cedendo lugar apenas ao misto de sabores na boca. É a junção da boa apresentação com uma ótima receita. O mundo ideal.

 

Especialmente na alta confeitaria, ou haute pâtisserie, doces conquistam a nossa atenção desde a vitrine e, muitas vezes, mais parecem obras de arte – e realmente são. É preciso muito talento para fazer sobremesas que unem beleza e sabor. Elas dependem de técnica e precisão. Uma medida, temperatura ou movimento errado é capaz de levar tudo por água abaixo.

 

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A pâtisserie é uma arte que remonta ao século 17, quando as sobremesas surgiram nas cortes reais da França. Por conta disso, historicamente, a base para o que conhecemos de confeitaria é majoritariamente francesa, embora tenhamos diversas adaptações regionais de acordo com a cultura alimentar e os insumos trabalhados. Esse toque de personalidade é o que faz com que alguns doces sejam ainda mais especiais.

 

Vivianne Wakuda Pâtisserie

 

O soufflé cheesecake de Vivianne Wakuda

 

Em sua cozinha, a chef Vivianne Wakuda trabalha com a confeitaria yogashi (termo em japonês para “confeitaria ocidental”). Nessa categoria de pâtisserie, as técnicas ocidentais são combinadas com ingredientes japoneses. As famosas choux de Vivianne, por exemplo, podem ser encontradas em sabores como missô e yuzu. Uma releitura com alta dose de autenticidade e sabor. Na vitrine, também há diversos bombons pintados e decorados com esmero. Destaque para o pão de mel de doce de leite em formato de Sakura e para o gatinho da sorte Maneki Neko, feito de ganache de chocolate e whisky hibiki.

 

Vivianne Wakuda (Foto: Divulgação)

 

Mata Café by Bachour

 

A receita cítrica que leva laranja e tangerina, Mata Café by Bachour

 

No fim de 2024, o primeiro espaço de Antonio Bachour, eleito duas vezes como melhor confeiteiro do mundo pelo prêmio Best Chef, foi inaugurado em São Paulo. No momento, o estabelecimento é uma pop-up instalada no edifício residencial Allard Oscar Freire. No meio do ano, é prevista uma mudança para a Cidade Matarazzo. Filho de libaneses, nascido e criado em Porto Rico e radicado em Miami, nos Estados Unidos, Bachour sabe como aproveitar a sua bagagem cultural na pâtisserie. Suas vitrines apresentam muita técnica, mas o grande diferencial realmente é o sabor. Na loja brasileira, valoriza paixões de nossa culinária, como brigadeiro e goiabada.

 

Antonio Bachour (Foto: Scoolinary)

 

Le Cordon Bleu Café e Kofi&Co

 

O entremet de coco e abacaxi do Le Cordon Bleu Café Kofi&Co

 

Um café escondido. Sei que esse termo já virou um clichê dos conteúdos de culinária, mas nesse caso é verdade. O espaço fica dentro do prédio do Instituto de Gastronomia e Hospitalidade Le Cordon Bleu São Paulo, na Vila Madalena, e muitos acreditam que o acesso é permitido apenas a alunos e professores. Quem já deixou de conhecer o local por conta disso volte para uma visita demorada. O café possui uma vitrine com doces feitos por verdadeiros mestres da confeitaria francesa. A entremet cerise, com mousse de chocolate, compota de cereja amarena e kirsch, é memorável. A casa também busca explorar os sabores brasileiros, como é o caso da entremet de coco e abacaxi, lançada no verão.

 

Por Beatriz Calais | Matéria publicada na edição 138 da Versatille

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