Dia Mundial do Rock: 5 álbuns de 2020 para comemorar em grande estilo

Entenda a origem da data e confira os trabalhos estrangeiros e brasileiros, que vão do rock raiz à releitura do estilo com toques mais atuais

Por Sofia Tremel

 

Em 13 de julho é comemorado o Dia Mundial do Rock. A escolha da data tem explicação histórica: neste dia, em 1985, acontecia simultaneamente na Inglaterra e nos EUA (e, pontualmente, na Austrália, na ex-URSS e no Japão) o festival musical Live Aid, com a participação de artistas do quilate de Queen, U2, Black Sabbath, Neil Young, The Who e Bob Dylan, entre muitos outros. A proposta do evento, organizado pelo músico irlandês Bob Geldof e assistido via TV por cerca de dois bilhões de pessoas em mais de 100 países, foi arrecadar fundos para ajudar no combate à fome no continente africano.

 

Para celebrar a ocasião em alto estilo, indicamos cinco grandes lançamentos de rock de 2020. Tem de rock raiz a trabalhos que bebem da fonte do estilo musical, dando a ele uma roupagem dos anos 20 do século XXI. Aumenta o som!

 

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Bob Dylan – Rough and Rowdy Ways

Em seu 39º álbum de estúdio, Bob Dylan mostra que sua essência continua intacta. A canção “Murder Most Foul”, sobre o assassinato de John F. Kennedy, tem 17 minutos e deu ao lendário músico norte-americano a primeira posição na parada da Billboard. Nostálgico e melancólico, como é característico no trabalho de Dylan, “Rough and Rowdy Ways” é um grande disco para celebrar o rock raiz, feito por um de seus maiores mestres vivos.

 

 

Neil Young – Homegrown
Por falar em mestre vivo do rock, Neil Young também agraciou o mundo com um lançamento em 2020. Gravado entre 1974 e 1975, “Homegrown” reflete um período de coração partido no meio da ebulição cultural dos anos 1970.  Em entrevista à Pitchfork, Young explicou a demora para liberar este álbum: “É o lado triste de um caso de amor. Eu simplesmente não conseguia ouvir, então guardei para mim, escondido no cofre, na prateleira, no fundo da minha mente (… ) É realmente bonito. Às vezes a vida dói”.

 

 

Fiona Apple – Fetch the Bolt Cutters
Depois de oito anos sem um álbum inédito, Fiona Apple parece ter previsto que em 2020 haveria um período de introspecção mundial. “Fetch the Bolt Cutters” é o registro de uma criação longa e solitária, algo muito pessoal e experimental, que toca quem o ouve nos momentos de isolamento e distanciamento social.

 

 

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Tame Impala – The Slow Rush
No quarto álbum da banda de rock psicodélico australiana, o líder Kevin Parker mais uma vez mistura suas distorções sonoras com algo do pop que domina as paradas. Vale ouvir mais de uma vez, especialmente se você já gosta da banda ou, se não a conhece, gosta do som de Pink Floyd, The Who e Jethro Tull.

 

 

Letrux (Letícia Novaes) – Letrux aos Prantos
Para representar a música brasileira, eis o segundo álbum de estúdio de Letrux, alterego de Letícia Novaes. Um dos maiores lançamentos do país até agora, “Letrux aos Prantos” se baseia em um clima de ressaca de festa, cheio de carências, ansiedades e insatisfações urbanas – mas com uma vibe muito boa e gostosa de ouvir.

 

 

Foto: Markus Spiske/Unsplash

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