Conheça o projeto que registra os sons da quarentena

Pessoas de todo o mundo podem gravar os barulhos (ou o silêncio) de suas janelas para contribuir com o projeto #StayHomeSounds

Um estudo da agência France Presse aponta que mais de um terço da população mundial está praticando o isolamento social devido à pandemia do coronavírus. Da economia à natureza, o impacto em diversas estâncias é enorme. Até os barulhos habituais das grandes cidades entraram em recesso, e agora é possível ouvir outros sons pela janela. Já tem gente de olho nesse movimento: o projeto #StayHomeSounds convida pessoas de todo o mundo a enviar gravações de sons de onde estão.

 

 

A ideia faz parte da plataforma Cities and Memory, criada pelo músico Stuart Fowkes em Oxford, no Reino Unido, em 2015. A iniciativa é uma colaboração global de mapeamento de som, em que cada local tem uma gravação que representa aquele exato lugar. Assim, os ouvintes podem explorar lugares que desejam conhecer através de seus ruídos. Além disso, o projeto quer mapear o silêncio e criar um acervo de memórias da quarentena, registrando acontecimentos dos quatro cantos do mundo.

 

 

No Brasil, por exemplo, existe uma gravação em São Paulo com barulhos de panelas batendo e gritos de protesto, enquanto na Times Square, em Nova York, é possível ouvir os ares-condicionados dos prédios e do metrô. Em alguma parte do Senegal é possível escutar uma voz radiofônica falando em língua estrangeira e que cita “corona” em certos momentos, além de diversos sinos, cantos religiosos e sirenes captadas por todo o mundo.

 

 

Segundo Stuart Fowkes, a audição é nosso sentido mais pessoal e íntimo. A intenção do projeto é ser colaborativo e mundial, e qualquer um pode participar mandando um registro feito pelo gravador do celular, do computador ou até mesmo com um microfone, neste link.

 

Por Sofia Tremel

Fotos: Reprodução Instagram/ @citiesandmemory

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