Como fazer os planos de Ano Novo realmente acontecerem

O fim e o começo de um novo ano sempre trazem consigo uma energia diferente: a da mudança. Ou da possibilidade de mudar. Mas como fazer isso acontecer concretamente?

Quando o ano vai chegando ao fim, é comum nos comprometemos a realizar sonhos antigos para o ano que se inicia. Queremos nos tornar a pessoa que acreditamos que devemos ser: “no ano que vem, tudo vai mudar”. Porém, a correria chega e, com ela, nos esquecemos dos planos feitos e entramos em um estado que chamo de “manutenção de vida”, onde, cansados demais para sair do automático, nos vemos vivendo dias iguais por meses, com foco em realizar o necessário e usar o pouco tempo que sobra para descansar.

 

Será que adicionar mais tarefas é o verdadeiro caminho para o sucesso, ou uma grande chance para a frustração? Reuni algumas informações que podem ajudar você a alcançar as mudanças que deseja, não apenas no novo ano, mas durante a sua vida inteira, de uma forma leve e duradoura.

 

Entenda o que direciona suas escolhas
O biólogo Bruce Lipton ficou famoso no mundo todo ao divulgar em seu livro, A Biologia da Crença, que 95% do nosso comportamento é inconsciente e gerado por uma programação que nosso cérebro aprende até os 7 anos de idade. Os outros 5% nos adaptam à realidade presente, mas não nos permitem, de fato, mudar antigos padrões. Como, então, acessar o caminho para a real mudança? A meditação, garante o médico e guru Deepak Chopra, nos permite escapar, ainda que, por um breve momento, da realidade limitadora que criamos. Entender que nossos pensamentos e realidade são produtos do que aprendemos, e não a verdade, faz com que a primeira possibilidade de mudança surja.

 

Desconfie de seus primeiros pensamentos
Se somos movidos pelo nosso subconsciente, a primeira impressão não é a que deve ficar. Nosso perfeccionista interno tende a rejeitar toda e qualquer mudança que arriscamos fazer, para nos “proteger” de situações que possam trazer desconforto/frustração. A autora Julia Cameron, que escreveu o famoso livro O Caminho do Artista, dá uma dica para enfraquecer esse CriCri (crítico interno, como gentilmente o chamo): pela manhã, escrever 3 páginas sobre o que quiser (tudo o que passar em sua mente), sem certo ou errado, para que seu pensamento aprenda a ir além dos bloqueios que inicialmente surgem e nos brecam.

 

Não faça metas de ano novo
Essa semana, a empresária Arianna Huffington, fundadora do Huffington Post e atualmente no comando da Thrive Global, contou em entrevista ao podcast Pretty Big Deal que é totalmente contra criar as famosas “metas de ano novo”, porque vem estudando o que faz o ser humano mudar e garante: o que funciona são micro-passos. Nenhuma mudança brusca consegue ser integrada naturalmente à rotina e, portanto, acaba trazendo um sentimento de esforço que, consequentemente, leva a desistência.

 

Some mudanças a rotinas já existentes
Outra dica de Arianna: some mudanças a hábitos já existentes, e assim lembrará mais facilmente delas. Por exemplo, se deseja ser mais consciente sobre as bençãos que tem em sua vida, faça listas mentais do que ocorreu de bom no seu dia enquanto escova os dentes, por exemplo. A probabilidade de lembrar mais facilmente desse novo hábito é maior ao associá-lo a um antigo.

 

Manifestar é mais importante que listar
Quantas listas de sonhos e metas já fez e deixou esquecida em algum canto? Rhonda Byrne, autora do best seller O Segredo, afirma que aprender a viver a realidade que desejamos é mais eficaz na mudança do que apenas planejá-la. Nosso cérebro não é capaz de diferenciar realidade de imaginação, o que é uma grande vantagem para a realização de sonhos. Quando começamos a nos incluir em um novo cenário, nosso cérebro busca que ele se manifeste por entender que aquela é a nossa nova realidade.

 

Saiba quais portas fechar
Por fim, novos papéis só podem ser ocupados quando aceitamos abrir mãos de outros que já não nos pertencem mais. A coragem de encerrar ciclos é o que leva, automaticamente, a começar novas etapas, mas isso nem sempre é fácil. É preciso entender que alguns fins levam consigo hábitos, pessoas, locais, e tudo bem. Quando aceitamos que uma nova jornada melhor pode se iniciar, ganhamos força para fechar as portas necessárias.

 

Por Thaís Roque (@meuproposito.com.br)

Imagem: Obra The Time is Now!, da artista britânica Tracey Emin

 

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