Casa SP–Arte abre as portas em março com exposição de Hélio Oiticica

O espaço permanente está localizado na Vila Modernista, nos Jardins

Fachada da Casa SP–Arte (Foto: Divulgação)

A SP-Arte, uma das mais importantes feiras de arte da América Larina – que inicia no dia 29 de março -, terá um espaço permanente, em São Paulo, para a realização de eventos e exposições ligados a produções artísticas contemporâneas. A Casa SP–Arte será inaugurada no dia 18 de março e é fruto de uma iniciativa conjunta da feira paulistana com a galeria Gomide&Co.

 

O endereço é uma das icônicas construções da Vila Modernista, nos Jardins, e está entre os poucos projetos do artista e arquiteto Flávio de Carvalho (1899-1973) que foram realmente construídos. A casa é a única, entre as 17 da vila, inteiramente restaurada na versão original.

 

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Uma mostra individual de Hélio Oiticica abrirá a programação no espaço. Organizada pela crítica de arte e curadora Luisa Duarte e com ensaio crítico assinado por Frederico Coelho, a exposição abrirá na data de inauguração da casa, no dia 18 de março.

 

O conjunto de trabalhos apresentados cobrirá diferentes momentos da produção do artista carioca. As experiências sobre o plano estarão contempladas nas obras produzidas durante sua participação no Grupo Frente – coletivo artístico brasileiro considerado um marco no movimento construtivo das artes plásticas – nos anos de 1955 e 1956; bem como naquelas pertencentes aos Metaesquemas, pinturas do final dos anos 1950, feitas a partir de guache sobre papel e definidas pelo autor como uma “obsessiva dissecação do espaço”.

 

A superação da bidimensionalidade, por sua vez, surge com os “Relevos Espaciais”, ou seja, objetos tridimensionais como chapas de madeira pintadas em uma só cor, geralmente tons quentes como vermelho e amarelo, suspensas no espaço com fios de nylon.

 

 

No centro da exposição está PN1, o primeiro Penetrável realizado em 1961, o qual designa o termo utilizado por Oiticica para o que é chamado de “instalação” na arte contemporânea. Nele, se dá a decisiva incorporação do corpo em movimento no interior de uma estrutura labiríntica onde o espectador entra e passa por diferentes experiências sensoriais.

 

Também estarão presentes os Bólides, trabalhos em formato de caixa, majoritariamente em madeira ou vidro, mas também em plástico, os quais contêm materiais como pigmento, terra, água, espelhos, conchas, pedaços de tecido ou papel, fotografias ou poemas; e os Parangolés, que constituem uma espécie de capa a qual se veste com textos, fotos, cores e serve como uma “obra-ação-multissensorial”. A mostra é completa pela presença de uma instalação “Cosmococa” inédita.

 

Por Redação

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