Carnaval: oito festas ao redor do mundo que você precisa conhecer
De Tóquio a Veneza, saiba mais como é comemorado o Carnaval em diferentes países, culturas e climas
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Quando chega o mês de fevereiro, uma certeza paira em nossa mente: “não existe Carnaval como o brasileiro”. Ufanismo à parte, temos razão. Mas temos que admitir: há muitas outros carnavais impressionantes ao redor do mundo – inclusive inspirados pelo nosso.
Para atiçar a sua vontade de viajar, nós selecionamos abaixo oito lugares do mundo que também se fantasiam, pulam e lotam as ruas em festejos populares. Além da experiência única, as celebrações ainda ajudam a explicar a cultura e a formação de outros povos.
Dê uma pausa na folia e divirta-se imaginando-se em cada lugar citado em nossa lista.
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As famosas máscaras do Carnaval de Veneza
Veneza
O Carnaval de Veneza, um dos mais antigos do mundo, também ocorre em fevereiro, entre os 11 e 28. Os festejos se concentram principalmente na Piazza San Marco, onde um exército de foliões com máscaras e fantasias de pierrôs, colombinas e arlequins se encontram e confraternizam durante dias inteiros. A maior diferença para a nossa festa fica por conta do frio: diante de temperaturas que variam entre -1ºC e 9ºC, você só encontrará pessoas com o corpo praticamente todo coberto.
Catalunha
Durante a ditadura franquista na Espanha, o Carnaval em Barcelona era tido como uma manifestação política e foi proibido. Reativado desde a década de 80, a festa não perdeu o seu viés ideológico. Com carros alegóricos, dançarinos, fantasias e tudo o que pede uma grande comemoração, o centro da cidade costuma ser marcado por gritos em prol da independência da Catalunha. As celebrações começam na “quinta-feira gorda” (ou “juerves lardero”, em 23 de fevereiro) e terminam na quarta-feira de cinzas, quando sardinhas são queimadas nas ruas, simbolizando o fim do jejum.
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O Carnaval na Catalunha: diversão misturado à política
Londres
O berço do filme Um Lugar chamado Notting Hill também sedia o maior Carnaval da Europa. As festas em Notting Hill foram criadas por caribenhos em 1964, seis anos após os conflitos raciais entre imigrantes e brancos que deixaram centenas de mortos. Atraindo mais de 1 milhão de pessoas anualmente no final de agosto, a celebração lembra muito os blocos de ruas brasileiros, com direito a música em alto decibéis, passistas e gente pintada com pouca roupa.
Nova Orleans
Na próxima terça-feira (28), os americanos de Nova Orleans comemorarão o Carnaval, ou melhor, o Mardi Gras. Com homenagens a personagens mitológicos, como Orfeu, Baco e o rei Zulu, foliões mascarados colorem as ruas com as cores púrpura, dourado e verde, que simbolizam, respectivamente, a justiça, o poder e a fé. Embora tradicional, a festa que ocorre sempre um dia antes da Quarta-Feira de Cinzas nem sempre mobiliza uma multidão para as ruas, sendo mais lembrada como pretexto para picnics em família nas margens do Rio Mississipi.
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Patrimônio da Humanidade, o Carnaval de Oruro é um ícone boliviano
Oruro
Misturando tradições andinas com mitos da igreja católica, o Carnaval boliviano é conhecido pela sua efervescência – não à toa foi declarado como obra-prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade. Em Oruro, capital folclórica do país, foliões se reúnem por duas semanas em fevereiro para dançar, principalmente, a “diablada”, uma representação entre o bem e o mal que termina com orações à Virgem Maria.
Riviera Francesa
Em Nice, os foliões já começaram os trabalhos. Sediada entre os dias 12 e 28 de fevereiro, a Bataille des Fleurs (Batalha das Flores) leva um batalhão de carros alegóricos e bonecos gigantes para as ruas desde o século XIX. O destaque fica por conta pela poética troca de flores entre os participantes, geralmente turistas e imigrantes.
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A farra de New Orleans tem nome próprio: Mardi Gras
Quebec
Num frio congelante que deixa os termômetros negativos, os canadenses também dão o seu jeitinho e “pularam o Carnaval” no início do mês de fevereiro – do jeito deles, claro. Aproveitando a neve, os participantes se reúnem para assistir a prática de esportes de inverno e a criação de esculturas no gelo. O maior destaque da confraternização, no entanto, é a prática de boliche ao ar livre.
Tóquio
Japoneses também caem no samba. E não é só modo de dizer. Todo mês de agosto ocorre o Asakusa Samba Carnival no pequeno bairro de Asakusa, em Tóquio. A inspiração é claramente brasileira, com escolas de samba embalando a multidão com muito samba de cima de carros alegóricos. O evento costuma atrair entre 500 mil e 1 milhão de pessoas para as ruas.