Brasil figura entre os países mais perigosos para ativistas do meio ambiente

País registrou 20 assassinatos de defensores da natureza em 2018

A ONG Global Witness, sediada no Reino Unido, trouxe um dado alarmante no último mês: 20 ativistas do meio ambiente foram assassinados no Brasil em 2018. O número faz com que o nosso país seja o quarto mais perigoso do mundo para lideranças que defendem a natureza.

 

Em todo o mundo, 164 pessoas morreram por atuarem na proteção de terras, florestas e rios e contra a ação de mineradoras, de madeireiras e de empresas do setor de alimentos. No ranking global, o Brasil perde apenas para as Filipinas (30 assassinatos), Colômbia (24) e Índia (23).

 

Apesar do cenário não ser bom, a ONG salienta que houve uma queda no número de mortes de ativistas no Brasil: em 2017, 57 defensores do meio ambiente, pouco mais de um quarto do registrado em todo o mundo naquele ano. O estudo usou dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

 

Desde 2012, quando o estudo começou a ser realizado, é a primeira vez que o Brasil não ocupa a primeira colocação do ranking. De acordo com a Global Witness, a América Latina é o continente mais perigoso do mundo para ativistas. Numa comparação proporcional, o pior caso está na Guatemala, onde 16 pessoas morreram defendendo a natureza em 2018.

 

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