Weill rue Livingstone, Montmartre, Paris

Em 1892, Albert Weill estabeleceu uma pequena oficina de roupas femininas prontas para usar na rue d’Aboukir, em Paris. Os modelos, com design da esposa, Anna, eram produzidos por costureiras em casa e entregues à

Em 1892, Albert Weill estabeleceu uma pequena oficina de roupas femininas prontas para usar na rue d’Aboukir, em Paris. Os modelos, com design da esposa, Anna, eram produzidos por costureiras em casa e entregues à loja de departamentos naquela época. Trinta e dois anos depois, a próspera empresa, por sugestão de Robert Weill, se estabeleceu em Montmartre, em um prédio construído para apoiar o desenvolvimento da “la manufacture” (a fabricação), e se tornou a sede de um atacado de roupas otimizadas e de qualidade.

 

Nos anos 1950, a terceira geração, Jean-Claude Weill, impulsiona a empresa para a modernidade, de fazer vestidos a produzir roupas prontas para uso de produção em massa, de roupas anônimas a peças com design e marca. A quarta geração da família Weill — Bernard, Jean-Pierre e Viviane — abre a primeira butique Weill na famosa rue Champs Elysées, em 1980. Com a exposição Il est cent ans, Paris c’est Weill (São cem anos, Paris é Weill). no Museu da Moda, em Paris, a marca celebra o centenário de sua trajetória em 1992. A restauração da sede parisiense da empresa, em Montmartre, aos pés da Sacré-Coeur, é uma declaração arquitetural excepcional. Uma ilustração perfeita da aspiração continuada da empresa de se manter em dia com o seu tempo enquanto abraça completamente o século 21. Esta antiga planta industrial é a base parisiense da Weill.

 

Construído por Albert e Robert Weill em 1922, no coração da área do mercado Saint-Pierre, o edifício começou como um prédio industrial para mais tarde se tornar uma das maiores fábricas parisienses de roupas. Representa, perfeitamente, a identidade da firma e, ao longo dos anos, cresceu com a Weill.

 


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O arquiteto encarregado deste projeto, Jacques Moussafir, coordenou a tarefa gigantesca de demolição e reconstrução dos dois andares superiores, bem como do alargamento do pátio interno pelo uso de uma estrutura soberba de metal e vidro. Ele sublimou o espaço por trabalhar com os diferentes volumes e proporções. Explorou a relação entre interior e exterior, ao criar aberturas de cada lado do prédio, provendo vistas dos legendários telhados parisienses e da Sacré-Coeur, que são absolutamente de tirar o fôlego!

 

O estilo contemporâneo da nova estrutura está em harmonia com o trabalho de Humbert & Poyet, que foram encarregados da decoração das lojas da empresa. Em colaboração com o arquiteto e com a família Weill, os designers criaram uma atmosfera contemporânea luxuosa. A entrada do saguão e o showroom refletem o design inicial pelo famoso arquiteto e designer de interiores Paul Dupré-Lafon, que fez a decoração interior original. A decoração reinterpreta combinações sutis de mármore travertino com mármore negro e verde juntamente com uma mistura ousada da arquitetura dos anos 1930, designs de iluminação dos anos 1950 (Knoll, Guariche e Gino Sarfati) e um resoluto estilo contemporâneo.

 

Houve Albert Weill, e, então, Robert Weill. Hoje, Jean-Claude Weill ainda está por lá no papel de patriarca vigilante e figura erudita, mas são os filhos, Bernard, Jean-Pierre e Viviane que mantêm o entusiasmo e o desenvolvimento vivos, apoiados pelos representantes da quinta geração de membros da família, com Elie e Alexandre. Impulsionada pelo desejo de se projetar no futuro, a Weill embarca em uma nova aventura com Mathilde Castello Branco. A marca histórica de prêt-à-porter feminino, criada em Paris, em 1892, acaba de nomear a estilista para a direção artística de suas coleções. Mathilde ingressou na Weill em julho, e seu trabalho se materializará para a temporada outono-inverno de 2018.

 

ESTILO por Humberto Rodrigues | Matéria publicada na edição 102 da Revista Versatille

 

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