A reinvenção do Range Rover, no mercado há meio século

É lançada a quinta geração do carro, que atinge o ápice em luxo, sofisticação e refinamento para o segmento SUV

A quinta geração do Range Rover
(Divulgação)

O Range Rover é a expressão máxima de conforto dentro de um veículo 4×4. E agora o carro chega a sua quinta geração em 50 anos, o que revela o longo ciclo de vida de cada lançamento. O SUV de luxo britânico aumentou a qualidade e a tecnologia a bordo para continuar reinando.

 

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Dentro da ampla oferta de motores oferecida pela Land Rover, o novo Range Rover traz duas opções de propulsão em nove modelos para o mercado brasileiro. Cinco versões (SE, HSE, Autobiography, First Edition e SV) vêm com motorização D350. Nesse caso, o Range Rover conta com um motor 3.0 turbo diesel de seis cilindros com 350 cv de potência e 700 Nm de torque. Ele traz junto o sistema MHEV (Mild Hybrid Electric Vehicle), que ajuda o motor a combustão a ser mais potente e mais econômico em determinadas ocasiões. Esse sistema é popularmente chamado de híbrido leve (48 volts no Range Rover).

 

Há ainda quatro versões (SE, Autobiography, First Edition e SV) equipadas com a motorização P530. Com ela, o novo Range Rover se torna ainda mais poderoso, pois é empurrado por um motor 4.4 V8 com compressor, que oferece 530 cv de potência e 750 Nm de torque. O câmbio é automático de oito marchas.

 

Nos dois casos, o Range Rover impressiona. Com o motor D350, ele acelera de 0 a 100 km/h em apenas 6,1 segundos (ou 5,8 com o sistema Dynamic Launch acionado). Com o P530 V8 a aceleração é brutal: 4,6 segundos no modo normal ou 4,4 segundos com o Dynamic Launch. São números impressionantes para um carro enorme, que mede 5,05 metros de comprimento, 2,05 metros de largura e 1,87 metro de altura.

 

A lateral do carro

(Divulgação)

 

Em termos de medida, nada agrada mais do que os 3 metros que o novo Range Rover tem na distância entre-eixos. Isso permite que os usuários do carro, na frente ou atrás, desfrutem um espaço muito generoso e conforto de classe executiva. O requinte, a sofisticação e o uso de materiais nobres e sustentáveis foram elevados ainda mais nessa quinta geração do Range Rover.

 

O Range Rover costuma ser conhecido por sua capacidade de ir a qualquer lugar e fazer qualquer coisa, por isso é importante que o motor cumpra sua parte. Nos dois casos, não há dúvidas de que cumpre.

 

A dinâmica também agrada. A Land Rover aumentou o refinamento da quinta geração em relação à anterior. A suspensão pneumática de série absorve a maioria das imperfeições do piso – e os clientes da marca não esperam menos. Por isso, a Land Rover teve trabalho extra, pois é comum que carros de grande porte, quando usam rodas de liga leve muito grandes, acabem enviando à cabine o barulho do baque da suspensão. Mas, no Range Rover, tudo é controlado e absorvido.

 

Parte traseira da quinta geração do Range Rover

(Divulgação)

 

Outro fator interessante do Range Rover é seu raio de giro de quase 11 metros, o que dá ao SUV uma manobrabilidade digna e surpreendente, como se fosse um carro médio ou compacto. O motorista também consegue definir se o Range Rover deve rodar com a suspensão mais dura ou mais macia, de acordo com o piso que vai enfrentar.

 

O design deste SUV é incrivelmente limpo. Olhe para um iPhone e para o novo Range Rover e você vai ver incríveis semelhanças de conceito. Não há rebarbas nem superfícies salientes. Se conseguir isso num telefone celular foi uma revolução, imagine aplicar a ideia em um enorme utilitário esportivo. Os vincos das portas do modelo anterior, por exemplo, foram eliminados.

 

As maçanetas das portas foram niveladas, os faróis ficaram mais finos e a frente ficou mais limpa. É um visual minimalista, pois os clientes do Range Rover preferem o conforto a bordo do que um carro extravagante no design. Na traseira, as lanternas foram redesenhadas e ficam “ocultas até acender”, segundo o fabricante. Por dentro, o novo Range Rover traz câmera 360 graus e espelho retrovisor digital.

 

Painel de controle da quinta geração do Range Rover

(Divulgação)

 

A multimídia é a mais moderna da Land Rover: Pivi Pro com tela tátil de 13,1 polegadas. A tela inicial é dividida verticalmente em três, e nela os usuários podem acessar a navegação, o sistema de áudio e o telefone. A conexão é sem fio, por óbvio. Mas o melhor é que o sistema se conecta com o smartphone do cliente assim que ele entra no carro. É possível monitorar todo o entorno do carro por meio de telas de alta definição.

 

Como todo Land Rover, o novo Range Rover traz o sistema Terrain Response, que ajuda a ter uma ótima e segura experiência off-road, além de mimos como massagem nos bancos, iluminação ambiente de led e sistema de filtragem do ar da cabine. O ar-condicionado tem três zonas. 

 

O Range Rover 2022 vem com tela frontal aquecida, porta traseira automática controlada por gestos, limpadores e faróis automáticos, espelhos retrovisores elétricos aquecidos, volante ajustável eletricamente, piloto automático adaptativo, porta-luvas duplos, grandes compartimentos nas portas e porta-objetos de 3 litros sob o apoio de braço central.

 

Os bancos do carro

(Divulgação)

 

Os compradores podem especificar configurações de quatro ou cinco lugares nos estilos de carroceria Standard ou Long Wheelbase, juntamente com uma versão Long Wheelbase de sete lugares. No caso do modelo longo, os passageiros da terceira fileira contam com 86,4 centímetros de espaço para as pernas – uma medida incomum para essa posição em qualquer automóvel. Também vale dizer que as duas pessoas que vão na terceira fileira ficam 4,1 centímetros mais altas do que as demais, para ter boa visibilidade. Quando a terceira fileira não é usada, os passageiros do banco de trás podem aumentar o espaço para as pernas em 5 centímetros.

 

O novo Range Rover tem 12 opções de cores sólidas, além de alternativas metálicas e metálicas premium, entre as quais as novidades são os tons Lantau Bronze, Belgravia Green, Batumi Gold e Charente Grey. No interior, as cores escolhidas tentam criar uma atmosfera tranquila, com atenção voltada aos detalhes. Para garantir um acabamento moderno e refinado, a cabine do novo Range Rover traz ornamentos metálicos que usam uma sequência de tons cromados escuros e acetinados para criar, segundo a Land Rover, “harmonia visual e um santuário pessoal”.

 

O carro começou com uma proposta mais modesta, há 50 anos, mas nessas cinco décadas o Range Rover foi evoluindo com o desejo de seu público para se tornar um automóvel exclusivo no segmento SUV. Bom de dirigir e bom de usar, em qualquer posição dentro do veículo. 

 

Por Sergio Quintanilha | Matéria publicada na edição 127 da Versatille

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