Insider: Paris
Guia cultural certificada e fundadora da empresa Bem in Paris, Edis Lima compartilha passeios que fogem do óbvio na cidade-luz
Edis Lima sempre teve grande apreço por cultura, arte e história. Quando viajou para a França pela primeira vez, sua paixão pelo patrimônio do país foi quase imediata, o que fez com que decidisse estudar intensivamente a história local. Após meses de pesquisa e um processo concorrido, foi selecionada para o curso de guia conferencista nacional na Universidade Paris-Est Marne-la-Vallée. Hoje, como guia cultural certificada, é referência no turismo cultural francês e comanda o Bem in Paris, uma empresa focada em visitas guiadas no país. Apaixonada pela cidade-luz, ela compartilhou algumas dicas que fogem do óbvio, todas localizadas no Palais Royal.
Geralmente, o turista passa despercebido por esse local, o que é uma grande pena, pois é um dos pontos mais interessantes de Paris. O Palais Royal tem origem no século 17, encomendado como Palácio Cardeal, pelo cardeal Richelieu, ministro de Luís XIII. Foi palco de manifestações que culminaram na Revolução Francesa e, mais tarde, tornou-se um centro cultural da vida parisiense e local, onde surgiram as primeiras butiques de moda.
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O que fazer no Palais Royal?
Admirar as colunas de Buren
A grande atração do Palais Royal, sem sombra de dúvida, é a obra de arte do artista contemporâneo francês Daniel Buren. O conjunto de 260 colunas de mármore de Carrara e de mármore preto e branco dos Pirineus foi inaugurado em 1986. As colunas em preto e branco dão o tom ao pátio do Palais Royal, atraindo a atenção de adultos e crianças, que adoram brincar e correr entre elas.
Caminhar sem pressa
Sede atual do Conselho de Estado, do Conselho Constitucional e do Ministério da Cultura, o Palais Royal é um local de representação do poder institucional, mas também se tornou um centro de compras. Apenas passar um tempo andando no local pode resultar em grandes descobertas. Além disso, o jardim com alamedas é o local ideal para fazer uma pausa à sombra de uma árvore ou descansar um momento perto da fonte central, onde os parisienses adoram ficar para ler um livro ou até tirar um cochilo com o rosto virado para o sol.
Visitar lojas Imperdíveis. As indicações são:
– A loja do designer de sapatos Manolo Blahnik, que fica no mesmo endereço da antiga sede do Café Corrazza, fundado em 1787 e frequentado por Josefina e Napoleão Bonaparte e outras figuras da elite do século 18 na França;
– Didier Ludot, um templo do vintage de luxo. A loja é referência em verdadeiras peças de coleções Dior, Chanel, YSL, entre outras. Tudo em perfeito estado;
– Serge Lutens é um dos mais talentosos e admirados perfumistas dos dias atuais na França e tem um endereço que é uma verdadeira joia na Galérie de Montpensier, do Palais Royal.
Matéria publicada na edição 128 da Versatille