Mercedes-AMG GLC 63 S Coupé: das pistas de corrida para as cidades
Conheça detalhes do fascinante carro da Mercedes, SUV esportivo de luxo que faz 6,2 km/l de gasolina na cidade e 8,1 km/l na estrada
Existem os Mercedes e os Mercedes-Benz. São carros de luxo que o mundo inteiro aprendeu a admirar ao longo de décadas – uma história mais do que centenária, pois Karl Benz é considerado o inventor do automóvel moderno. E isso aconteceu em 1886. O nome Mercedes veio de Mercedes Jellinek, filha de um empresário automotivo, Emil Jellinek, que criou o Mercedes 35 hp, em 1900. E existem também os Mercedes-AMG. São os carros mais fascinantes da empresa alemã, em termos de desempenho.
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As letras AMG, que são sinônimo de performance e aparecem no carro de Lewis Hamilton na Fórmula 1, vêm dos nomes dos engenheiros Aufrecht e Melcher e da cidade de Großaspach, onde Aufrecht nasceu. Todos os carros foram feitos na fábrica de Affalterbach (perto de Stuttgart, na Alemanha). Os dois engenheiros criaram uma empresa para “apimentar” a performance dos Mercedes-Benz, em 1967. Deu tão certo que em 2005 a Mercedes comprou a AMG.
Os carros da AMG são derivados dos Mercedes. Portanto, este monumental Mercedes-AMG GLC 63 S Coupé 4Matic+ é a versão esportiva do SUV da Classe C, o GLC. Todos os Mercedes que começam com G são utilitários esportivos. No caso, estamos falando de um SUV esportivo médio, baseado no pacato sedã Classe C. Mas o que a AMG fez com esse carro impressiona. Para começar, ele tem 510 cavalos de potência. Seu preço de lista é de quase 900 mil reais. O motor é um 4.0 V8 a gasolina.
Tudo fascina no Mercedes-AMG GLC 63 S Coupé. O visual é marcante, mas não chega a ser extravagante. De qualquer ângulo o carro é lindo. De perfil, ele revela linhas aerodinâmicas que não se encontram num SUV comum, pois é um cupê, com a traseira em queda. As rodas AMG pretas, de 21 polegadas, têm pneus maiores na traseira do que na dianteira. Na frente, eles são 265/40; e atrás, 295/30. Ou seja, eles têm 3 centímetros a mais de largura.
Pneus muito largos são necessários, bem como freios poderosos. Afinal, ele chega a 280 quilômetros (limite imposto pela eletrônica, pois poderia ir além). Sua aceleração de 0 a 100 km/h é feita em apenas 3,8 segundos. Se você pisar com o pé esquerdo no freio, afundar o pé direito no pedal do acelerador e depois soltar o pé esquerdo, o carro dá um salto à frente, jogando para trás o corpo e a cabeça do motorista e dos passageiros. É preciso estar atento para não perder a direção.
O câmbio é de nove marchas, da AMG, ou seja, preparado para competição. O número alto de marchas é importante para que o motor esteja sempre na rotação de giro ideal. A potência máxima de 510 cv está disponível numa faixa bem curta de giros, de 5.500 a 6.250 rpm, por isso só mesmo um piloto consegue tirar toda a performance do carro fazendo trocas manuais. O torque também é brutal: 700 Nm. Mas, ao contrário da potência, ele é 100% entregue numa faixa mais ampla, que vai de 1.750 a 4.500 giros. Além disso, o GLC 63 é o único em seu segmento com motor biturbo.
Segundo a Mercedes, o GLC 63 S Coupé tem 34 cavalos a mais na potência e 50 Nm extras no torque em relação ao GLC 63 (sem o S). Por causa disso, o Coupé é dois décimos de segundo mais rápido na aceleração de 0 a 100 e consegue 10 km/h a mais na velocidade final. O sistema AMG Dynamics garante o caráter esportivo do carro, além de oferecer cinco programas para o motorista: Slippery, Comfort, Sport, Sport+ e Individual. Com tanque de 66 litros, o SUV esportivo de luxo faz 6,2 km/l de gasolina na cidade e 8,1 km/l na estrada.
Outra tecnologia interessante é a tração integral 4Matic+. O carro é muito estável. O sistema é “inteligente” e pode jogar 50% de torque para as rodas traseiras. O motorista não percebe a transição entre a tração traseira e a integral. Isso significa também que a tração traseira fica o tempo todo ligada. Para quem gosta de condução esportiva, é mais agradável dirigir. A vantagem é que o motorista não precisa saber as técnicas de pilotagem para se dar bem com o GLC 63 S Coupé, pois a conexão do eixo traseiro com o eixo dianteiro é variável.
Quem quiser abusar mesmo pode selecionar o sistema AMG Dynamics no modo Pro (de Profissional), que está no Sport+. Nesse padrão, o carro entrega maior assistência em condução esportiva. A suspensão é a ar e, claro, “inteligente”, atuando conforme as condições do piso e o modo de condução selecionado.
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O quadro de instrumentos é totalmente digital e a central multimídia é a mais moderna que existe, MBUX, que atende comandos de voz com as frases “olá, Mercedes”, “oi, Mercedes” ou “e aí, Mercedes?”. O painel digital tem 12,3 polegadas e o display central tem 10,25. O GLC 63 S Coupé traz uma nova geração do volante AMG, forrado de Nappa e microfibra Dinamica. A parte inferior do volante é reta, com perfurações na área de pegada do motorista. O câmbio tem aletas galvanizadas para trocas de marchas manuais. O modo de transmissão manual é identificado por um “M” amarelo e um aviso no painel para troca de marcha superior ao chegar à rotação máxima do motor.
A lista de equipamentos do Mercedes-AMG é gigante e surpreendente. Os faróis são dinâmicos Multibeam com 84 leds independentes e um alcance de farol alto de incríveis 650 metros. O design do para-choque dianteiro remete à asa de um avião a jato. Os bancos são esportivos, de couro Nappa, o que impede o corpo de escorregar para o lado nas curvas. O painel tem acabamento de couro sintético Artico Preto com costuras contrastantes. As superfícies têm fibra de carbono e frisos de alumínio.
Mas o que realmente surpreende no Mercedes-AMG GLC 63 S Coupé é sua praticidade. Isso mesmo! O porte médio do carro permite que ele seja utilizado no dia a dia. Claro que os pneus de perfil baixo não são para rodar em pisos muito ruins, mas, sabendo usar, ele serve tanto para uma longa e agradável viagem quanto para ir às compras no shopping center. E o porta-malas é generoso: 500 litros. O SUV de luxo tem 4,74 metros de comprimento, 1,93 metro de largura e 1,58 metro de altura. A distância entre-eixos é de 2,87 metros e o vão livre do solo é de 16,2 centímetros. Existem os Mercedes. Mas poucos são como este Mercedes-AMG.
Por Sergio Quintanilha | Matéria publicada na edição 119 da Versatille