A era pós-digital é uma catástrofe… Será?

Tenho uma fonte que me trouxe informações sobre o nosso futuro. São chocantes, por isso recomenda-se cautela ao tomar ciência delas.

Num futuro nem tão distante, após sucessivas crises econômicas e conflitos entre nações, grupos, etnias, religiões e torcedores de clubes desportivos variados, o mundo entrará num colapso jamais visto. Ao contrário do que muitos previram, não haverá uma hecatombe nuclear. Até porque ninguém é louco de destruir a si mesmo. Nada disso. A hecatombe será outra.

 

Por consequência desses conflitos generalizados, da desobediência civil, de greves e de revoluções pontuais, toda a rede mundial de comunicações ruirá. A internet vai parar em definitivo. Todas as informações armazenadas nas nuvens digitais desaparecerão. Assim, de um momento para outro, tudo o que é digital cessará. Só o que restará será o que é analógico. Os cartões de crédito não funcionarão, nem os ATM (caixas eletrônicos). Aliás, todo o sistema bancário cessará e voltaremos ao escambo. Dinheiro não valerá mais. Valerá o que você terá a oferecer em troca do que desejar. E você vai ter de aprender a barganhar, negociar, regatear.

 

A confiança deixará de ser nas instituições e passará a ser de pessoa a pessoa, de grupo a grupo com os mais próximos, seus parentes e vizinhos. Quem você era não vai valer nada. O que vale é como se comportará e quem o endossará na sua comunidade. Seu passado, por ter ficado todo digitalizado, ficou apagado. Você terá de se reconstruir, reinventar, provar que é quem alega ser – pelas ações e atitudes que demonstrar. Seu valor será dado pela sua contribuição real e não mais por quantos seguidores você tinha na sua rede social ou seu último cargo ou emprego.

 

Como as viagens se tornarão mais difíceis, caras e perigosas, as pessoas aprenderão a curtir melhor seu espaço tradicional de vida. Aprenderão a cultivar a terra e prover suas próprias necessidades, ocupando terrenos com cuidado e respeito pela natureza, pois serão mais vulneráveis aos elementos.

 

Aprenderão a se comunicar diretamente uns com os outros, a escutar mais do que falar. Aprenderão a valorizar as coisas simples, as emoções e os sentimentos genuínos. Desenvolverão empatia e uma devoção quase mística ao tempo, às estações, ao Sol, às fases da Lua, às épocas de semear, cuidar e colher.

 

Por tudo isso se tornarão mais criativos, artístas, músicos, poetas, apaixonados e curiosos. Usarão seu cérebro e sua mente ao máximo e exercerão seu pensamento e sua memória de forma plena. As pessoas se sentirão em conexão com a Terra e com a vida. Enfim, como minha fonte me avisou, será uma catástrofe… Será?

 

CARPEDIEM por Nelson Spritzer, diretor da consultoria Dolphin Tech e especialista em neurolinguística | Matéria publicada na edição 113 da Revista Versatille

 

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