“Nesses tempos sombrios, precisamos nos cuidar”, reflete Thais Lago
Destaque em 3%, série nacional original da Netflix, atriz fala sobre empreendimento paralelo e o futuro incerto do país: "estaremos firmes e fortes no amor"
“Estaremos firmes e fortes no amor”. Quando perguntada sobre o Brasil, Thais Lago consegue ser poética e confiante como dificilmente se vê atualmente. Uma postura firme de quem sabe onde está pisando na vida artística e nos projetos paralelos.
Destaque de 3%, série nacional original da Netflix, a atriz não pode falar muito sobre o futuro da personagem na segunda temporada da trama, ainda sem data de estreia, mas deixa bem explícito o seu entusiasmo com o trabalho.
“Ela tem sido muito importante por me testar em lugares onde até então não tinha experimentado. Foi e é uma oportunidade incrível de crescer como atriz”, disse ela à Versatille.
Nas horas fora do set, Thais também atua como diretora criativa da C38, um coletivo que atua na produção de projetos audiovisuais. Na conversa abaixo, a atriz fala mais sobre os seus projetos e planos.
Thais, “3%” é um grande sucesso, principalmente no exterior. Você acredita que um projeto assim teria espaço na televisão, uma mídia mais tradicional?
São públicos diferentes, mas ainda assim acho que aos poucos a televisão vai abrir horários para projetos como esses. A TV fechada já faz isso. É só uma questão de tempo.
O que a gente pode esperar da Elisa na próxima temporada da série? E qual a importância da personagem na sua carreira?
Eu ainda não posso falar muito sobre a Elisa, mas teremos muitas surpresas nesta terceira temporada. É uma personagem cheia de conflitos, e foi muito bom ter bastante trabalho pra construir. Ela tem sido muito importante por me testar em lugares onde até então não tinha experimentado. Foi e é uma oportunidade incrível de crescer como atriz.
Thais, fale mais sobre o C38. O que a sua visão de artista acrescenta ao empreendimento?
Somos três sócios. Acabamos criando muita coisa juntos. No final, não importa quem deu a grande ideia mas no que ela se transformou. Sempre estou entre direção e produção. A atuação influencia muito nas minhas escolhas, mas sempre busco não ficar presa à ela.
Muito se fala sobre o glamour da vida de atriz, mas há muitos artistas que não conseguem se sustentar somente no ofício original. Para você, é importante expandir os negócios?
Ter outro negócio surgiu na vontade de me experimentar. Isso ajuda nos momentos que não estou trabalhando com atuação. É sempre bom expandir e, se você tem outras possibilidades, por que não?!
Além da série e da C38, quais são os seus planos para 2019? Como você imagina que será o ano para a classe artística com o novo governo?
Vai ser um ano de atenção. Nesses tempos sombrios, precisamos nos cuidar. Não consigo ter uma previsão de como será. Só sei que estaremos firmes e fortes no amor. No mais, acredito que 2019 será incrível, sim. Pelo menos aqui vai um desejo e que ele possa se juntar a outros.