Balenciaga

SE DIOR É O WATTEAU DA COSTURA… ENTÃO, BALENCIAGA É O PICASSO DA MODA. PORQUE — COMO AQUELE PINTOR, SOB TODOS OS EXPERIMENTOS COM O MODERNO — BALENCIAGA TINHA UM RESPEITO PROFUNDO PELA TRADIÇÃO E

SE DIOR É O WATTEAU DA COSTURA… ENTÃO, BALENCIAGA É O PICASSO DA MODA. PORQUE — COMO AQUELE PINTOR, SOB TODOS OS EXPERIMENTOS COM O MODERNO — BALENCIAGA TINHA UM RESPEITO PROFUNDO PELA TRADIÇÃO E UMA LINHA CLÁSSICA PURA — CECIL BEATON

 

Cristóbal Balenciaga (1895-1972) abriu o primeiro ateliê em 1917, em San Sebastian, quando tinha, apenas, 22 anos. Esse foi o começo de uma atividade intensa que o veria estabelecer o próprio negócio em Paris, a cidade para onde se mudou 20 anos depois, e onde se tornou o “mestre” da alta-costura internacional.

 

O ano de 2017, portanto, marcou os 100 anos, desde o começo da aventura criativa e de negócios do jovem Balenciaga, e 80, desde que ele abriu a famosa Maison parisiense no número 10 da avenida George V.

 

Balenciaga foi um dos maiores couturiers da história da moda. Nascido no país basco, abriu casas de moda em Barcelona e Madri, antes que a Guerra Civil Espanhola o forçasse a se mudar para Paris, em 1937. Desde o começo, alcançou sucesso com a clientela mais exigente, incluindo a Duquesa de Windsor, Pauline de Rothschild, Gloria Guinness e Mona Bismark. Embora estabelecido por mais de 30 anos na avenida George V, o estilista continuou inspirado pela cultura artística da Espanha. O famoso vestido de baile Infanta homenageava a obra-prima de Velásquez, Las Meninas. Similarmente, boleros e saias esvoaçantes ecoavam, respectivamente, a roupa usada pelos matadores e dançarinas de flamenco. Mais tarde, em sua carreira, as formas volumosas da tradicional roupa eclesiástica seria peça-chave no seu trabalho.

 


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Nos primeiros anos 1950, Balenciaga tinha desenvolvido uma jaqueta semi-ajustada com uma linha fluida, confortável, que ia bem com uma variedade de tipos de corpo. Seus vestidos-balão, saco e baby doll foram importantes no sentido de desviar a moda da obsessão pela silhueta ampulheta.

 

Balenciaga fechou sua casa de costura em 1968, acreditando que elegância era irrelevante diante da crescente cultura jovem. Mesmo assim suas explorações em volume, forma e modelo revolucionaram a moda. Seu contemporâneo, Christian Dior, o descreveu, adequadamente, como “o mestre de todos nós”.

 

Em 1986, quando a Jacques Bogart S.A. adquiriu os direitos sobre a etiqueta Balenciaga, ele reviveu a marca com uma linha pronto-para-usar. O designer Nicolas Ghesquière, que nasceu em 1971, um ano antes da morte de Balenciaga, apresentou sua primeira coleção para a Casa de Balenciaga em 1997.

 

Estilo por Humberto Rodrigues | Matéria publicada na edição 103 da Revista Versatille

 

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