Bugatti Chiron
O MAIS RÁPIDO, LUXUOSO E EXCLUSIVO SUPERCARRO ESPORTE DO MUNDO O século 21 nos trouxe muitos supercarros fantásticos, mas quando se fala em performance, há um que reina absoluto. Falo do Bugatti Veyron, que foi descontinuado

O MAIS RÁPIDO, LUXUOSO E EXCLUSIVO SUPERCARRO ESPORTE DO MUNDO
O século 21 nos trouxe muitos supercarros fantásticos, mas quando se fala em performance, há um que reina absoluto. Falo do Bugatti Veyron, que foi descontinuado em 2015 depois da contrução de 450 unidades durante dez anos. Neste período de tempo, reinou como o carro mais rápido do mundo. O Veyron Super Sport alcançou 257.87 mph, em 2010, um recorde mundial Guinness que sobrevive até hoje. Contudo, isso vai mudar logo, já que a Bugatti revelou um hipercarro para substituir o Veyron.
Melhorar um já incrível supercarro que tem um motor W-16, 1,184 cavalos-força, e que pode atingir quase 260 mph sem um limitador de velocidade, é uma missão quase impossível, mas a Bugatti, de algum modo, conseguiu.
O carro foi batizado com o nome de Louis Chiron, piloto da fábrica Bugatti no Campeonato Europeu nos anos 1930. Chiron foi um dos pilotos mais rápidos na era pré-corridas de Fórmula 1 e inspirou, previamente, a Bugatti na escolha do seu nome para o Chiron Concept 18/3 de 1999. Passaram-se 18 anos desde o Concept, mas o nome de Chiron agora adorna o que se tornará um dos mais grandiosos supercarros da história.
O Bugatti Chiron fez sua estreia no Motor Show de Genebra de 2016 e a marca baseada em Molsheim afirma que ele vai quebrar diversos recordes. “É parte da natureza humana desafiar limites e estabelecer novos recordes — correr 100 m mais rápido que antes, voar ainda mais além no espaço e entrar em novos domínios. Esse esforço é também a nossa força motriz na Bugatti,” disse Wolfgang Dürheimer, presidente da Bugatti Automóveis. “O Chiron é resultado de nossos esforços de fazer do melhor ainda melhor”, complementou.
Debaixo da carroceria revisada está um monocoque de fibra de carbono com uma subestrutura de carbono projetada para aumentar a rigidez. A marca não deu muitos detalhes, mas disse que a rigidez de torção foi melhorada, enquanto o carro deve ser mais ágil graças ao novo sistema elétrico de direção e da suspensão redesenhada.
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A força de frenagem vem de discos mais leves e espessos, feitos de carbono carboneto de silício, um material que é mais leve e mais durável. Calibradores de oito pistões são usados na frente, com seis unidades de pistão montadas na traseira. Pneus Michelin, especificamente desenvolvidos, envolvem os aros novos e maiores, medindo 20 polegadas na frente e 21 polegadas na traseira. Os pneus são 14% mais largos na frente e 12% mais largos na traseira, a fim de lidar com a força extra e a velocidade máxima mais alta
Apesar desses melhoramentos, o Chiron está longe de ser um supercarro preparado para pista de corrida. Muito parecido com o predecessor, que foi desenvolvido, principalmente, para quebrar o recorde de velocidade, o Chiron não tem a competência de estabelecer recordes na pista, enquanto sua proporção força-peso é inferior à de muitos supercarros de ponta. Obviamente ainda é muito cedo para uma conclusão, mas o Chiron vai, provavelmente, ser pelo menos tão bem-sucedido quanto o Veyron e chamar muita atenção, tanto da mídia quanto dos aficionados. A Bugatti vai de novo fazer uso de seu programa de personalização para estender uma multidão de modelos edição limitada e oferecer virtualmente meios ilimitados de customizar o supercarro.
No lado negativo, como o Veyron, vai faltar ao Chiron qualquer habilidade de corrida na pista e será mais uma rainha de garagem do que um supercarro que você pode exibir em Nürburgring ou Laguna Seca no fim de semana. E tem tudo a ver com o orgulho da Bugatti de construir o carro de produção mais rápida do mundo. Contudo, isso não vai alterar a imagem do Chiron, que já se beneficia da imagem massiva que a Bugatti construiu à sua volta com o Veyron. O Chiron será um grande sucesso, a nova máquina dos sonhos do século 21. Ou seja, um supercarro que muitos aficionados vão adorar e o veículo que ficaremos tristes ao nos despedirmos dele, quando todas as 500 unidades tiverem sido produzidas. Pouquíssimos carros se tornam lendas no dia do lançamento, e o Chiron é um deles.
O preço específico para o mercado americano ainda tem que ser anunciado. A produção será limitada a 500 unidades, 50 mais que o Veyron. A Bugatti diz que já tem pedidos para um terço da produção total, o que significa, pelo menos, 150 unidades já foram vendidas. A expectativa de 500 unidades também inclui as versões roadster e edição especial, que serão lançadas. E, se o Veyron é uma indicação, haverá um monte delas.
MOTOR por Marcelo Ogawa | Matéria publicada na edição 102 da Revista Versatille