Canadá: cinco filmes do país que você tem que assistir

Saiba quais são as (excelentes) obras que sintetizam a produção do país homenageado no 45° Festival de Cinema de Gramado

O Canadá está presente no 45º Festival de Cinema de Gramado como convidado de honra do evento na serra gaúcha. E o Gramado Film Market, que acontece nos dias 24 e 25 de agosto, contará com a presença de diversos profissionais daquele país nos painéis e workshops realizados.

 

Selecionamos cinco títulos para sintetizar a produção canadense nas últimas décadas:

 

Incêndios (Dennis Villeneuve) 

 

Dennis Villeneuve surpreende mesmo com as revelações nada óbvias que são dadas neste filme de 2010. Nawal, uma mulher moribunda do Oriente Médio que vive em Montreal, deixa cartas para o casal gêmeo de filhos para serem lidas quando ela falecer. Jeanne deve entregar a dela para o pai que nunca conheceu e Simon deve entregar a dele para o irmão que nunca soube que tinha. Os irmãos viajam para o Oriente Médio em separado e descobrem uma história familiar e segredos impactantes. Entre as obras que Villeneuve dirigiu após estão Sicario e A Chegada.

 

As Invasões Bárbaras (Denys Arcand)

 

Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, As Invasões Bárbaras, de Denys Arcand, traz o protagonista Remy, já mostrado em um sucesso anterior do diretor, O Declínio do Império Americano. Aqui, ao  descobrir uma doença terminal ele reúne no hospital pessoas que foram importantes em suas vidas, como a ex-mulher, o filho, amigos e ex-amantes. Um dos grandes diretores do cinema canadense moderno.

 

Gêmeos, Mórbida Semelhança (David Cronenberg) 

 

Ao se falar em Canadá, não podemos deixar de fora David Cronenberg e seu cinema que pode receber definições como de horror fantástico, suspense ou thriller. Muitas são as obras de Cronenberg, mas nesse exemplar de 1988 ele traduz o seu característico clima perturbador e tenso na história de irmão gêmeos ginecologistas que se apaixonam pela mesma mulher e paciente. E tem o fator importante da dupla ser interpretada por Jeremy Irons em um dos seus melhores momentos.

 

C.R.A.Z.Y (Jean-Marc Vallée)

 

Baseado em sua própria infância e adolescência, Jean-Marc Vallée dirigiu esse filme em 2005. Seu alter-ego é o personagem Zachary, que as iniciais do seu nome junto com a dos quatro irmãos formam o título, que também ganha consistência na louca história do adolescente homossexual em uma família conservadora. Nessa comédia dramática, destaque também para a trilha sonora recheada de ícones do rock dos anos 60 e 70.

 

Mommy (Xavier Dolan)

O premiado filme do jovem diretor Xavier Dolan trouxe mais do que um sopro de juventude (ele tinha 25 anos na estréia do filme em 2014 e já contava com outros quatro longas no currículo) ao cinema. Um vendaval pode ser considerado. Recebido com muitos prêmios, entre eles o do júri do Festival de Cannes, Dolan joga com a estética – como a alternância do formato da tela – para narrar a história de uma mãe solteira e seu filho rebelde e uma vizinha que passa a ser um ponto de um suposto equilíbrio nos conflitos existentes.

 

*por Ranieri Maia Rizza, de Gramado 

 

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