Trata-se de um dos maiores enigmas do mundo das artes – e do público em geral: afinal, Mona Lisa, retrato de Leonardo da Vinci, está feliz ou triste? Um experimento científico conduzido por pesquisadores da Universidade de Freiburg chegou a um veredito.

Os estudiosos mostraram a doze participantes 9 imagens em preto e branco da Mona Lisa, 8 das quais tiveram a boca do retrato digitalmente manipulada – 4 faziam a pintura parecer triste, e 4 delas a tornavam feliz. Todas as fotos, então, foram exibidas por 30 vezes a cada pessoa, que deveria descrever se a mulher retratada estava triste ou feliz.

A equipe da pesquisa, coordenada pelo neurocientista Juergen Kornmeier, ficou surpresa com o resultado do experimento: a foto da Mona Lisa original, a qual eles esperavam que rendesse as respostas mais ambíguas, foi descrita como feliz em 97% dos casos.

“Pode haver uma certa ambiguidade em algum aspecto”, disse Kornmeier sobre a obra, um retrato de Lisa Gherardini, esposa de um comerciante de Florença, que foi pintado entre 1503 e 1506 e segue exposto no Museu do Louvre desde 1797. “Mas não se trata de ela estar triste ou feliz”.