Mais famosos morreram em 2016? Um levantamento aponta a resposta
Editor de obituários da BBC compara número de obituários publicados pela rede britânica
Entra ano, passa ano, e a impressão de muitos é a mesma: “tem morrido gente como nunca”. O ano de 2016 foi, particularmente, triste em relação a óbitos de famosos: logo em janeiro, David Bowie nos deixou; no dia 25 de dezembro, foi a vez de George Michael, outro gigante, levar fãs às lágrimas com sua morte.
Fica a pergunta: 2016 foi um ano mais mórbido que os anos passados?
A BBC levantou a questão com o editor de obituários da rede, Nick Serpell, e chegou a uma conclusão depois de analisar o número de popstars mortos entre 2012 e 2015. Em resumo, a resposta é sim, 2016 foi o ano que mais contou com lutos. Mas há alguns fatores que deixam a conclusão um pouco mais complexa.
O levantamento pondera alguns pontos importantes (o que é exatamente uma pessoa famosa? nem todos ganham obituários) e contabiliza apenas as personalidades que já tinham seus obiturários ‘pré-prontos’ – uma prática comum no meio jornalístico.
Segundo Serpell, os três primeiros meses de 2016 foram particularmente severos: o dobro de obituários foram veiculados nos meios da BBC (TV, rádio, Internet) comparados ao mesmo período do ano passado, e cinco vezes mais se comparados a 2012. Mas o segundo semestre deste ano não registrou um grande aumento comparado aos anos passados.
Pelo levantamento da BBC, foram publicados 42 obituários ‘pré-prontos’ de personalidades até o dia 15 de dezembro (data que deixa de fora a morte de George Michael, por exemplo), contra 32 obituários divulgados em 2015. Em 2014, foram 29, número menor que os anos posteriores mas maior que 2013 e 2012, com 24 e 26 obituários, respectivamente.
Os números, claro, deixam de fora personalidades queridas do público brasileiro, como o ator Rodrigo Montagner, o ‘capita’ Carlos Alberto Torres e Elke Maravilha. Levantamentos à parte, todos, astros nacionais e internacionais, deixarão muitas saudades.