Curtidas vão te afetar mais se você não tem um propósito na vida, diz a ciência
Estudo conduzido por pesquisadores da Cornell University descobriu um grupo de pessoas é menos afetado por feedbacks virtuais
Você talvez já tenha experimentado isso. Um boost na auto-estima após ganhar curtidas (que não são só das suas tias) naquela selfie no espelho do elevador, um “tô me achando” depois de ter seu textão elogiado e compartilhado por aí. Isso é algo que pouca gente confessa, mas que é bem comum.
Só que um estudo conduzido por pesquisadores da Cornell University descobriu um grupo de pessoas que é menos influenciada por este tipo de coisa: pessoas que tem um propósito na vida, afirmam.
De acordo com Anthony Burrow, co-autor da pesquisa, eles descobriram que pessoas que tem uma motivação própria receberam feedbacks virtuais com mais rigor e persistência. Essa turma era menos influenciável pelo número de likes que recebiam. Estas pessoas percebiam o feedback positivo, mas não se apoiavam nele para se sentir melhor com eles mesmo.
Mas o que seria ter um propósito? Burrow e seu colegas definiram isso como uma motivação auto-centrada, voltada para o futuro, mas que também é benéfico para os outros. Eles dizem que pessoas assim tendem a concordar com frases como “Para mim, todas as coisas que faço valem a pena”, ou “Eu tenho muitas razões para viver”
É claro que, eventualmente, é sempre bom ser elogiado. O problema é quando você sustenta sua auto-estima só nisso, diz o pesquisador
Para chegar nestas conclusões, eles mediram a auto-estima e o senso de propósito de quase 250 usuários do Facebook, também questionando quantos likes eles costumavam ter nas suas fotos. Depois, eles criaram uma rede social fake e pediram para estudantes da Cornell tirarem uma selfie e colocaram no site. Então, eles diziam aos alunos se eles tiveram muitas, poucas, ou um número mediano de curtidas.
Mais likes deram um up na auto-estima, mas só daqueles alunos que tinham pouco propósito de vida. “Ter um propósito faz você ficar emocional mais estável, o que é essencial para o sucesso, seja acadêmico ou profissional”, disse a co-autora do estudo, Nicolette Rainone.