Jan Vijg, especialista em envelhecimento do Albert Einstein College of Medicine, acredita que nós, os humanos, chegamos ao nosso limite no que diz respeito ao máximo de idade que podemos chegar.

“Humanos nunca ficarão mais velhos do que 115 anos”, ele diz. Apesar de casos de pessoas que passaram dos 120 anos, Vijg publicou um estudo na revista Nature que coloca mais um ponto em um longo debate no mundo da ciência sobre o “teto” da expectativa de vida dos seres humanos.

Eles analisaram diferentes grupos etários em determinados anos. Como exemplo, nos anos 90, o grupo de mulheres francesas que mais crescia tinha 102 anos de idade. Analisando dados de 40 países, eles encontraram a mesma tendência: o crescimento estava desacelerando, e parecia que havia parado.

A tendência de crescimento da população mais velha começou a perder força nos anos 80, diz o estudo, afirmando que os humanos chegaram ao pico de sua longevidade.

Analisando uma outra base de dados, que possui informações detalhadas de mais de 500 pessoas que viveram até idades muito avançadas, eles descobriram que, em 1968, a maior longevidade havia sido de 111 anos. Nos anos 90, houve um aumento para 115, mas esta tendência parou, e, com poucas exceções, quase ninguém passou dos 115 anos.

De acordo com seus estudos, o Dr. Vijg diz que o envelhecimento tem a ver com o acúmulo de danos no DNA e em outros moléculas. Nossos corpos conseguem reduzir a velocidade do processo ao reparar alguns destes danos, mas, com o tempo, ele não consegue mais fazer estes reparos.

Para ele, mas importante do que aumentar a expectativa de vida é aumentar nossos anos com uma vida saudável, com hábitos que fazem bem para nossa saúde e talvez com remédios que possam ajudar o corpo com o processo de reparar os danos celulares.