8 exposições de arte que chegam a São Paulo em fevereiro

Entre galerias, museus e espaços imersivos, a cena artística da capital paulista se movimento no segundo mês do ano

O ano mal começou e a agenda de eventos culturais já está movimentada na capital paulista. Após um longo mês de janeiro, algumas galerias e museus já se preparam para iniciar exposições de arte inéditas em fevereiro de 2023. Além de mostras individuais em pequenas galerias, as novidades também incluem exposições imersivas, que fazem sucesso com as projeções grandiosas e o teor instagramável.  

 

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Confira, a seguir, 8 exposições de arte que chegam à São Paulo em fevereiro:  

 

“O último buritizeiro”, de Felipe Rezende, na Galeria Leme 

 

 

Em sua primeira exposição individual em São Paulo, chamada “O último buritizeiro”, o artista Felipe Rezende apresenta sua produção mais recente, composta de pinturas à óleo sobre lona de caminhão e desenhos em nanquim – material corante preto – e grafite, todos inéditos. A mostra segue em exibição até 10 de março de 2023 e conta com texto crítico e curadoria de Tiago Sant’Ana, artista visual, curador e doutorando em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia. Em suas obras, Rezende combina elementos que observa em seu cotidiano com referências da cultura pop, como personagens de animes e quadrinhos, a fim de construir uma narrativa visual. Nos trabalhos presentes na mostra, o artista aborda também debates sobre as questões ambientais e os fluxos migratórios para São Paulo. 

 

Abertura: 2 de fevereiro 

Serviço: Av. Valdemar Ferreira, 130 – Butantã, São Paulo 

 

“O Duplo’’, de Dan Coopey, na Central Galeria  

 

 

Em sua exposição “O Duplo”, Dan Coopey exibe uma série inédita de trabalhos escultóricos que estabelecem uma estreita relação com o corpo e nos quais emprega técnicas milenares da cestaria e materiais como sisal, juta, bananeira e lúpulo. A inspiração remonta à sua infância em uma cidade rural no interior da Inglaterra, onde nasceu. Os trabalhos de Coopey partem dessas tradições ancestrais, mas buscam destacar um aspecto híbrido dos objetos em detrimento da sua função, que traz a ideia de algo que não é propriamente cesta, nem tecido. O artista utiliza uma variedade de fibras naturais e, de forma intuitiva, permite que as esculturas ganhem forma organicamente à medida que realiza os trançados. 

 

Abertura: 4 de fevereiro  

Serviço: R. Bento Freitas, 306 – Vila Buarque, São Paulo 

 

Ajuntamentos”, de Afonso Tostes, na Luciana Brito Galeria  

 

 

Em sua exposição “Ajuntamentos”, Afonso Tostes reúne cerca de dez obras inéditas em madeira, entre esculturas e pinturas-objetos, resultado de seu mais recente trabalho em estúdio. A madeira é um elemento fundamental na pesquisa de Tostes tanto por sua representatividade formal quanto suas características tridimensionais e possibilidades em relação ao espaço. Ao se apropriar de pedaços de troncos encontrados, o artista produziu cinco grandes esculturas que fazem uma alusão às árvores em seu estado natural. Já as outras cinco pinturas da série “Reforma” (2022), foram produzidas a partir do pó de madeira, resultado do lixamento das esculturas. As diversas cores presentes nessa série, por sua vez, são provenientes das madeiras lixadas e trabalhadas na construção das esculturas 

 

Abertura: 4 de fevereiro 

Serviço: Av. Nove de Julho, 5162 – Jardim Europa, São Paulo 

 

Obs: No mesmo dia, inaugura na Luciana Brito Galeria a exposição “Pince-nez”, primeira individual do artista português André Sousa no Brasil.  

 

“Tudo é a forma que fala”, de Zé Tepedino, na Casa Triângulo 

 

 

Primeira exposição individual do artista Zé Tepedino na Casa Triângulo, “Tudo é a forma que fala” apresenta, entre arranjos, instalações e registros de intervenções no espaço público, uma reorganização do mundo e do tempo cuja paleta de saturação baixa se contrapõe ao imediatismo contemporâneo. O artista segue um jogo intuitivo de experimentação e deslocamentos, torção e negação de regras, no qual objetos e espaços recebem novos significados. Com texto crítico de Kiki Mazzucchelli, a exposição foca nos impulsos da matéria e do espaço em fluxo livre.  

 

Abertura: 4 de fevereiro 

Serviço: Rua Estados Unidos 1324, São Paulo 

 

“Frida Kahlo – A Vida de um Ícone, Shopping Eldorado 

 

 

As exposições imersivas realmente são uma tendência ao redor do mundo. Nos últimos anos, o Brasil já recebeu projeções de artistas como Van Gogh e Leonardo da Vinci – atualmente, também há um espaço multimídia do artista francês Claude Monet no Parque Villa Lobos. Agora, em fevereiro, São Paulo recebe a exposição “Frida Kahlo – A Vida de um Ícone”, que fez sucesso na Europa e na América do Norte e estreou no Brasil em 2022, em território baiano. Por meio de projeções digitais, a mostra é composta por coleções de fotografias históricas, filmes originais e instalações artísticas, como uma espécie de altar com velas e flores e uma enorme foto da mexicana, além de itens de colecionador. 

 

Abertura: 1 de fevereiro  

Serviço: Av. Rebouças, 3970 – Pinheiros, São Paulo 

 

“The Art of Banksy: Without Limit”, Shopping Eldorado 

 

 

A exposição “The Art of Banksy: Without Limit” chega em São Paulo na mesma data e no mesmo local que a mostra da Frida Kahlo. No entanto, embora as duas sejam no Shopping Eldorado, são exposições individuais e exigem a compra de dois ingressos distintos. A exposição do artista de rua britânico, que permanece em anonimato, exibe para o público espaços com várias experiências e mais de 160 obras distribuídas por 14 ambientes.  

 

Abertura: 1 de fevereiro  

Serviço: Av. Rebouças, 3970 – Pinheiros, São Paulo 

 

“Ai de mim, que sou romântica”, de Bárbara Basseto, na Galeria Luis Maluf  

 

 

“Ai de mim, que sou romântica” é a primeira exposição individual da artista Bárbara Basseto, que compõe a partir de relações de proximidade e de enfrentamento: nas cores, na materialidade, nas referências e na linguagem, promovendo a criação de vínculos entre planos num jogo positivo e com possibilidades infinitas de desdobramentos. A mostra possui a curadoria de Érica Burini.  

 

Abertura: 9 de fevereiro  

Serviço: Rua Peixoto Gomide, 1887 – Jardim Paulista, São Paulo 

 

Programa de Residência Artística 2023”, na Usina Luis Maluf  

 

 

Com coordenação da curadora Ana Carolina Ralston, essa segunda edição do “Programa de Residência Artística” selecionou os participantes por meio de edital público, o que permitiu a inscrição de artistas de diferentes partes do Brasil e do mundo. O projeto recebeu quase 300 portfólios durante o mês de novembro e 11 inscritos foram escolhidos para ocuparem os ateliês na Usina Luis Maluf em fevereiro. A iniciativa visa a formação de jovens artistas a partir do acompanhamento de projetos e conexões com profissionais do circuito de artes visuais do país.  

 

Abertura: 15 de fevereiro  

Serviço: Rua Brigadeiro Galvão, 996 – Barra Funda, São Paulo 

 

Por Beatriz Calais e Laís Campos

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