Após um período de deserto e portas fechadas, Paris está “florescendo”. Restaurantes, instituições culturais, galerias e muito mais estão à espera de locais e turistas.

 

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Confira dez dicas de destinos imperdíveis em sua próxima visita à cidade.

 

1. Um clássico revisitado

 

A culinária de Lyon é muito bem degustada no restaurante Aux Lyonnais, inaugurado em 1890. Recentemente, o chef Alain Ducasse assumiu o bistrô, mas quem comanda a cozinha no dia a dia é a simpática Marie-Victorine Mannoa, com sua dupla, Gabrielle Aguillo, responsável pelo salão. Os pratos são robustos e com bastante proteína animal. Vá sem preconceitos e dê uma chance aos escargots, que, na versão de Marie-Victorine, são envoltos em massa folhada. Editor tip: o brunch dominical é a oportunidade perfeita para provar mais da culinária típica de Lyon, no qual é montado um bufê com variedade de pratos e aperitivos, tudo isso à volonté, ou seja, à vontade.

 

 

2. Muita história, muito tech

 

O Hôtel de la Marine, um palácio do século 18, está aberto ao público após quatro anos de restaurações. Além da beleza e localização privilegiada, na Place de la Concorde, o tour é agradável e intuitivo: basta vestir os headphones e seguir as orientações, que, além de contarem muito bem a história, também mudam a narrativa cada vez que o visitante adentra um novo ambiente. Editor tip: compre os bilhetes com antecedência, e não deixe de conferir a loja no fim da exibição.

 

 

3. Pâtisserie com “grife”

 

Um dos restaurantes mais falados – e amados – de Paris é o Septime. E agora a dupla de restauranteurs Bertrand Grébaut e Théo Pourriat inauguraram a Tapisserie, um anagrama de Pâtisserie. Espere por viennoiseries frescas e lindas, tortas e doces clássicos para os franceses, como o Flan à la Vanille e o revisitado Baba au Pisco (o tradicional traz rum na receita). Editor tip: se possível, vá em um grupo maior para provar o máximo de variedades ou leve para viagem. Por último, mas não menos importante: torça para a torta de caramelo estar no menu do dia.

 

 

4. Arte espalhada  

 

A Galleria Continua, focada em arte contemporânea, é, de certa forma, onipresente. Fundada em 1990, está em diversas cidades do mundo, e ocupa lugares inusitados, como um antigo cinema na San Gimignano, na Itália. Recentemente, abriu as portas no Le Marais, na Rue du Temple, bem perto ao Centre Pompidou. Na nova localização, o objetivo é se afastar da imagem fria das galerias de arte convencionais e realmente trazer o público para dentro. Editor tip: aproveite a ida à Rue du Temple e explore mais dela, com muitas lojas descoladas e também um dos mais simpáticos restaurantes para sentar na calçada, como os parisienses, o Le Roi de Pique.

 

 

5. Bling-Bling  

 

O Musée des Arts Décoratifs é sempre palco de exposições incríveis, como a atual Cartier et les Arts de l’Islam, com joias deslumbrantes. Em cartaz até fevereiro de 2022, a mostra traz luz à influência da arte islâmica na alta joalheria da Maison Cartier, com peças do começo do século 20 até a atualidade. São mais de 500 itens que esmiuçam a trajetória e explicam como a grife francesa se inspirou no tipo artístico, um interesse despertado por Louis Cartier ao presenciar o comércio de arte islâmica na cidade de Paris. Editor tip: além da exposição da Cartier, o acervo fixo de joias do MAD é imperdível. Aproveite que a exposição não é longa e visite ambos os espaços. Ao fim, confira a melhor loja de museu da cidade. 

 

 

6. Um grande “merci” aos excêntricos  

 

Na atualidade, não há exposição mais recomendada do que a La Collection Morozov, na Fondation Louis Vuitton. A dupla de irmãos russos Mikhaïl Abramovitch Morozov (1870-1903) e Ivan Abramovitch Morozov (1871-1921) constituíram uma das mais importantes coleções de arte impressionista e moderna em esfera global. Pense nos principais nomes da arte, como Manet, Rodin, Monet, Pissarro, Toulouse-Lautrec, Renoir, Sisley, Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Matisse, todos presentes na coleção, que viaja para fora da Rússia pela primeira vez. Ficará em cartaz até fevereiro de 2022. Editor tip: chegue disposto à última sala da exposição, que tem cenografia impecável, cores surreais, obras inusitadas e, de quebra, trilha sonora emocionante.

 

 

7. Belles fleurs

 

É inegável que as floriculturas parisienses possuem algo único, mas a Castor Fleuriste se destaca. Por trás da autoria de buquês síngularess está Louis-Géraud Castor, que assina arranjos para as mais renomadas grifes, como Prada e Saint Laurent. Localizada no bairro do Le Marais, é possível encomendar um buquê original, on-line, pelo site www.castor-fleuriste.com. Editor tip: caso tenha de presentear alguém, não pense duas vezes. Será sucesso. 

 

 

 

8. A imperdível coleção de Pinault 

 

Até pode soar repetitivo, mas, quando em Paris, não deixe a Bourse de Commerce fora do roteiro. O recém-inaugurado museu, que abriga a coleção privada de François Pinault, tem, além de obras de arte incríveis, uma programação promissora: logo em fevereiro de 2022 abre uma exposição do escultor americano Charles Ray. Editor tip: é mágico ver a interação entre o prédio antigo, que passou por reforma do gênio Tadao Ando, com o acervo, que possui obras de arte que datam a partir dos anos 1960.

 

 

 

9. Café com assinatura

 

Paris precisa de um novo restaurante descolado? Tratando-se do Café Lapérouse, dentro do Hôtel de la Marine, a resposta é: OUI. Por trás do negócio está o Moma Group e um investidor bem especial: Antoine Arnault, head de comunicações e imagem do conglomerado de luxo LVMH, além de filho do fundador, Bernard. Talvez tudo isso explique o décor exuberante, executado por Cordelia Castellane, diretora artística da Maison Dior. Espere por um menu enxuto e fresh, com opções que vão desde o brunch até aperitivos para compartilhar e pratos principais, tudo bem executado. Seja de dia, seja à noite, é garantido que o salão e o terraço estarão cheios. Editor tip: devido ao hype, é fundamental reservar com certa antecedência, ainda mais no inverno, que torna os salões mais concorridos.

 

 

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10. Curadoria Avant Garde

 

O Dover Street Little Market, inaugurado em fevereiro de 2021, é uma loja-conceito que surgiu em 2004, em Londres, como Dover Street Market e, desde então, vem sendo replicada em cidades-chave. Em Paris, o primeiro movimento começou em 2019, com a inauguração de um pequeno Dover Street Market focado em fragrâncias. A nova, no entanto, traz o core da loja-mãe: curadoria de designers novos e promissores, todos com uma pegada à frente do tempo e de diversas nacionalidades. Editor tip: é fácil navegar entre as araras da loja e realmente imperdível para aqueles que gostam de moda e tendências. 

 

 

Por Giulianna Iodice | Matéria publicada na edição 123 da Versatille